Por Allan dos Reis, no Centro
A vereadora Joice Silva (PTB) foi eleita na noite desta segunda-feira (1) presidente da Câmara Municipal de Taboão da Serra. Com sete votos, ela derrotou o candidato Carlinhos do Leme (PSDB), que teve seis votos, e será a primeira mulher a frente do poder legislativo taboanense. A mesa diretora também terá o vice-presidente é André Egydio (PSDB), o 1º secretário Cido (DEM) e o 2º secretário Marcos Paulo (PPS).
“Para mim, é uma grande honra, ser a primeira mulher presidente da Câmara Municipal. […] Estou a frente da Câmara hoje para poder fazer o melhor para cidade de Taboão da Serra. Assim o farei, com responsabilidade e compromisso com o povo taboanense”, discurso. Ela também fez questão de dizer que não era a candidata do governo.
A vitória tornou evidente um racha na base governista, que tem 12 vereadores. Tanto que o prefeito Fernando Fernandes quebrou o protocolo e foi embora do evento antes que os parlamentares reiniciassem a segunda parte da cerimônia, que incluía a votação, que teve muitos xingamentos e dezenas de recados.
Magoado com a derrota, Carlinhos do Leme ‘jogou’ a derrota nas costas do prefeito Fernando, que bancou a sua candidatura.
“Essa é uma disputa que a gente já sabia o final. Eu só queria entender o porquê aconteceu tudo isso. […] Quem encaminhou essa candidatura Carlinhos do Leme presidente da Câmara Municipal foi o prefeito Fernando Fernandes. Eu não me lancei candidato. A gente queria entender porque ele lançaria e no final deixaria as coisas acontecerem do jeito que aconteceu”, questionou.
Nóbrega prevê que “a Câmara será a mais independente da história” e que precisa ficar claro que “nós perdemos essa eleição” e questionou “onde está o prefeito Fernando Fernandes?”, questionou.
Um dos principais articuladores do grupo vencedor, Marcos Paulo mandou um recado indireto ao prefeito. “Infelizmente quem vetou meu nome não vota”, diz.
NÓBREGA PEDE RETIRADA DA PM
Durante a votação, o clima estava claramente tenso com diversos xingamentos da plateia aos parlamentares. Acompanhando a votação, o Tenente da PM Braga chamou de forma discreta reforço de seis policiais, que subiram ao palco de forma discreta e se posicionaram no canto.
Ao perceber, Eduardo Nóbrega – que presidia a sessão – exigiu a saída de todos os policiais. “A sessão só vai começar quando a PM se retirar”. Em conversa breve com o tenente, ele pediu que os PMs se retirassem porque a eleição era democrática e – apesar do clima tenso – não haveria qualquer confusão, como de fato não houve. Porém, ele foi informado que se houvesse, a PM não interveria após a retirada.