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Jovens protestam no Pirajuçara e no Centro contra o aumento da tarifa de ônibus em Taboão

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Jovens protestam contra o aumento da tarifa de ônibus em Taboão da Serra. (Foto: Adilson Oliveira)

Com apito, nariz de palhaço e cartazes como “Sr. prefeito, R$ 3 é desrespeito”, cerca de 30 pessoas, na maioria jovens, protestaram na tarde deste sábado, dia 7, na Estrada Kizaemon Takeuti na altura da praça Luiz Gonzaga, no bairro do Pirajuçara, contra o novo valor da tarifa do transporte municipal de Taboão da Serra, que vigora desde 1º de janeiro após aumento de 9,09% autorizado pelo prefeito Evilásio Farias (PSB) – ante inflação de 6,52% no período.

Os manifestantes ocupavam a faixa de pedestres e gritavam palavras de ordem em ato que foi organizado por meio de rede social desde que a passagem subiu de R$ 2,75 para R$ 3 e reuniu representantes da Apeoesp (sindicato dos professores), PSTU e o pré-candidato a prefeito Stanislaw Szermeta (PSOL). “Viemos protestar contra o aumento abusivo da tarifa em relação ao serviço de transporte que a população tem”, disse Alexandre Alves, um dos idealizadores.

Os organizadores entregavam informe com o objetivo da manifestação e conversavam com moradores que passavam pelo local, que expressavam apoio a reivindicação de “transporte digno, com tarifas acessíveis”. “A manifestação é correta, o município não é tão grande para ter uma condução tão cara. Além do mais, os ônibus são velhos, antigos, não oferecem conforto que deveriam”, disse o metalúrgico Osmar dos Santos, 42, morador do Jardim Trianon.

“Não avisaram nada, era preciso antes avaliar qual o valor justo para cobrar, não colocar R$ 3 e acabou, inclusive ter discutido com representantes da cidade, os vereadores. Minha esposa  pega o Circular 4 para ir à igreja e está desempregada, como vai pagar isso? Esse valor é absurdo, não está nos padrões da maioria da população”, reclamou o fiscal Nilson de Freitas, 34, do Jardim São Judas. Motoristas buzinavam em concordância com a finalidade do protesto.

apitacopirajucara_jan_2012O grupo leu manifesto em que aponta que a tarifa no município “está entre as mais caras do país e não há integrações” – para permitir mais de uma viagem com desembolso de uma só passagem -, mas que o aumento abusivo não é um problema atual. Citou que “a tarifa passou de R$ 0,70 a R$ 1,70, aumento de 143%, quase três vezes mais do que a inflação no período” de 1997 a 2004, no governo Fernando Fernandes (PSDB), conforme mostrou o Taboão em Foco.

Os organizadores falaram sobre o pequeno número de participantes. “Tivemos uma semana para organizar, com mais tempo vamos multiplicar a adesão, a receptividade aqui foi total. O importante é que o ato foi sem parar o trânsito, sem atrapalhar a vida de ninguém”, disse Beto Bueno, 32. Eles vão se reunir no sábado para planejar novo ato. “Mesmo que a tarifa não seja revista, perto das eleições, em outubro, vamos lembrar o aumento para a população”, avisou.

Manifestantes protestam no centro de Taboão. (Foto: Ana Paula Timóteo / Jornal na Net)
Manifestantes protestam no centro de Taboão. (Foto: Ana Paula Timóteo / Jornal na Net)

PROTESTO NO CENTRO *

Na sexta-feira, dia 6, os estudantes também protestaram no Centro da cidade contra a nova tarifa de R$ 3 do transporte municipal de ônibus. Com cartazes, apitos e usando nariz de palhaço, cerca de 50 pessoas chamou a atenção das pessoas que passavam pelo local.

Um dos organizadores da “Occupy The Little Taboão Square”, Leonardo Xavier, diz que apesar do baixo número de pessoas o “resultado foi bacana”. Ele lembrou que o horário, por volta das 16 horas, limitou a participação de muitas pessoas. Porém, os estudantes dizem que vão continuar protestando contra uma das tarifas mais alta do Brasil.

Por Adilson Oliveira

Especial para o Taboão em Foco

* Colaborou Allan dos Reis

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