Por Allan dos Reis, no Parque Laguna
Com o apoio da Polícia Militar, a segunda parte da área do Parque Laguna (no final da Avenida Castelo Branco) que pertence a família Basile, em Taboão da Serra, foi reintegrada na manhã desta quarta-feira (5), de forma pacifica. Os barracos – a maioria de madeiras – já estavam desocupados e foram derrubados por máquinas retroescavadeiras.
“Precisamos do apoio do Fernando (prefeito de Taboão da Serra) e não conseguimos. Então tive que tirar a minha população para não ter mais prejuízos. A gente seguiu para a região do Embu [das Artes], no Jardim Mimás”, diz Pato, líder da ocupação.
No mesmo terreno, mas em outro ponto, houve uma reintegração de posse em agosto de 2016. Na época, os moradores migraram para área mais acima, alvo da ação nesta quarta.
Ele garante que eram mais de 800 famílias que estavam no local. Apesar de a reintegração ter sido pacífica, levou apreensão aos moradores de outra ocupação – no mesmo terreno – mas que fica área de São Paulo chamada Comunidade Divina Luz. Apenas no início da noite de ontem (terça) é que eles conseguiram uma liminar na Justiça impedindo a reintegração.
Responsável pelo 36º Batalhão da PM, o tenente-coronel PM Marcos Vitiello afirma que 371 policiais militares, incluindo de outros batalhões e a tropa de choque, trabalharam na operação. “Tiramos por volta de 200 casas por aqui. Foi bem pacífico e assim será até o final do dia”, disse antes do término da operação.
O momento mais impactante da reintegração foi a demolição de uma igreja evangélica já no finalzinho do terreno, praticamente em São Paulo. No local mora a caseira do terreno, que não tinha autorização do proprietário da área para ampliar e construir outros imóveis. Além de uma ou duas casas, estava à construção desta igreja, que moradores afirmam que tinha um forte trabalho social.
A reportagem tento conversou com o advogado do proprietário do imóvel, que preferiu não se pronunciar.