Por Allan dos Reis, no Jardim Maria Rosa
O vereador Marco Porta (PRB) voltou a pedir autonomia da Câmara de Taboão da Serra na briga pela sucessão do novo presidente do legislativo durante a sessão desta terça-feira, dia 19. Ele também minimizou as críticas feitas indiretamente ao prefeito Fernando Fernandes (PSDB) em sessões anteriores e culpa a assessoria de imprensa da prefeitura pela ausência dos parlamentares nas fotos durante as inaugurações.
Nos bastidores já dão como certo que o próximo presidente será escolhido entre os vereadores Cido (DEM) e Carlinhos do Leme (PP). Ambos também contam com o apoio do prefeito. Para se manter no páreo, Porta tenta diminuir a influência do mandatário e faz questão de lembrar que é o maior defensor do governo.
“O maior defensor do governo Fernando Fernandes desde o início chama-se Marco Porta. Eu travei aqui batalhas homéricas com vereadores e alguns segmentos [da sociedade] que até nos rotularam por conta defende-lo demais”, relembra Porta. Ele diz que o “poder legislativo não pode abrir a prerrogativa de ela fazer o seu presidente. Sem nenhuma influencia de outro poder”, cutucou.
Descartado nas preferências do prefeito, Porta diz entender a opinião dele, mas voltou a criticar qualquer tipo de influência. “O governo precisa de uma Câmara que seja parceira dele e entenda as dificuldades e o plano de governo que ele propôs para os quatro anos. Ele pode externar a sua opinião de quem deve ser o presidente. Mas opinião. Eu entendo que influência é parte do poder legislativo”, diz.
AUSÊNCIA NAS FOTOS
Não é de hoje as reclamações de alguns vereadores por não se verem estampados em fotos ao lado do prefeito Fernando Fernandes durante inaugurações ou visitas realizadas semanalmente nas obras. E a reclamação se repetiu durante a sessão.
“É justo que a Câmara esteja presente em determinadas inaugurações e fotos. Houve algumas vezes que a gente sentia a ausência disto. Na semana passada o presidente Eduardo Nóbrega mostrou algumas fotos de inaugurações de obras e que não havia nenhum parlamentar junto”, criticou Porta.
Questionado se era algum tipo de boicote feito pelo prefeito, Porta jogou a culpa da assessoria de imprensa da prefeitura. “Eu não posso atribuir ao prefeito, que tem uma assessoria de imprensa. Talvez [falta] um pouco de orientação”, diz.