Por Williana Lascaleia, no Parque Assunção

Os movimentos MTST e MST realizaram na tarde desta terça-feira, dia 19, uma manifestação, com cerca de 1,2 mil pessoas, em frente ao prédio da prefeitura de Taboão da Serra. Eles se reuniram na Praça Nicola Vivilechio e chegaram a bloquear a Rodovia Régis Bittencourt por alguns minutos. O objetivo era que o prefeito Fernando Fernandes assinasse a pauta de agosto com as reivindicações feitas pelos movimentos na época.
“A pauta é a mesma de julho. Já tentamos marcar uma reunião com intermediários, mas não deu certo. Na mesa de negociações dá para se resolver muitos conflitos”, diz o líder do MST e ex-vereador Paulo Felix.
Foi apresentada a pauta de reivindicações e o prefeito, segundo os manifestantes, atendeu todas as solicitações como a ampliação da área de ZEIS do Jardim Salete, construção de uma creche-escola dentro do empreendimento no Salete, concessão de novos auxílio-aluguel e aumento do valor de R$ 300 para R$ 400 e o mutirão do cadastro único para que a população possa se inscrever e ser beneficiada com o Programa Minha Casa Minha Vida.
Uma outra exigência é que a prefeitura não interfira na demanda social nos empreendimentos do Parque Laguna e do Salete e não vai alterar as áreas de ZEIS sem consulta ao movimento popular.
Fernandes alega que a demora para assinar o termo de compromisso foi na verdade um ato de responsabilidade da Prefeitura. O documento foi enviado para o jurídico, mas já estava pronto e pode ser assinado com tranqüilidade pelos movimentos sociais e pela prefeitura.
“[Demorou a ser assinado] porque nós temos, hoje, uma prefeitura responsável, não o que acontecia no passado. Para nós assinarmos um documento é enviada ao jurídico, observada toda a legalidade, feito o documento, ai sim, assinamos o documento. Ele já estava pronto. Foi falta de comunicação”, afirma Fernandes.

Hoje 81 famílias recebem o auxílio aluguel pela Prefeitura de Taboão da Serra e 399 recebem o mesmo benefício pelo Governo do Estado.