O Líder do Governo, Paulo Félix (PSDB), e os outros vereadores demonstraram publicamente que apóiam a luta do movimento por moradia. “Aquela área tem que ser ocupada pelo trabalhador”, disse Félix. Porém, se recusaram a assinar a moção como desejavam os líderes do movimento por falta de acordo.
Na rápida reunião com os vereadores, os líderes do movimento dispararam. “A nossa posição é que vamos ficar na câmara até sair a moção de apoio”, prometeu Juarez Pereira Nascimento, um dos coordenadores do grupo.
Um dos motivos na recusa da moção, segundo os vereadores, é que eles não sabiam os motivos da visita. O MTST afirma que foram eles que conquistaram a desapropriação de um terreno no Jardim Salete, local aonde serão construídos alguns prédios da CDHU. Eles também mostraram um email – que teria sido encaminhado pela Caixa – que afirma ter recursos disponíveis para o município através do programa “Minha Casa, Minha Vida”.
Após muita conversar e agendamento de reunião com o prefeito Dr. Evilásio (PSB), os líderes do MTST saíram com a promessa de que na semana que vem será aprovada uma moção de apoio.
Confira os principais pontos da visita:
Reivindicação
O MTST exige que os apartamentos que a CDHU vai construir no município sejam destinados aos membros do movimento. Segundo seus líderes, a prefeitura encaminhou uma demanda ao Governo Estadual solicitando os apartamentos.
Ameaça
Em reunião com os vereadores, os líderes do movimento foram enfáticos e afirmaram. “Nós só saímos [da câmara] com a moção de apoio. Seja com uma, duas ou as 13 assinaturas”. Minutos antes da reunião, alguns vereadores tentaram cancelar a reunião por causa desta imposição.
Embate
O conteúdo da moção não teve acordo entre os vereadores. Por isso, o documento não entrou em votação na câmara. Assinar o documento nos moldes que exige o MTST desagrada a política adotada pela prefeitura.
Promessa
Mesmo contrariando a decisão inicial, os líderes do MTST aceitaram a promessa dos vereadores de que haverá uma reunião com o prefeito Dr. Evilásio (PSB) na próxima segunda-feira, dia 19. Porém, avisaram. Se a reunião com o prefeito não for satisfatório ao movimento, a câmara vai ter inquilino novo. “Voltamos na terça com colchão, cobertor e lona pra montar acampamento na Câmara”.
Por Allan dos Reis