MTST vai participar de ato contra corrupção em frente à prefeitura de Taboão

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) de Taboão da Serra publicaram nota em seu site culpando o “Capital Imobiliário” como grande pivô dos escândalos na prefeitura do município.

Na próxima terça-feira, dia 21, o MTST promete participar do ato contra a corrupção em frente à seda da prefeitura.

Confira a nota na íntegra:

CAPITAL IMOBILIÁRIO É O PIVÔ DO ESCÂNDALO NA PREFEITURA DE TABOÃO DA SERRA

O MTST vem acompanhando os escândalos que vieram a público no último 3 de maio

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto vem acompanhando atentamente o desenrolar dos escândalos que vieram a público no último 3 de maio, quando 3 vereadores do município de Taboão da Serra foram presos durante a seção da Câmara Municipal, acusados de fazerem parte de uma máfia montada para desviar dinheiro arrecada dos impostos do IPTU.

A prisão dos três vereadores detonou um processo de investigação que levou a descoberta de uma fraude dos cofres públicos do município que pode chegar a mais de 50 milhões.

Desde então, um quarto vereador foi preso, 3 secretários do governo, além inúmeros funcionários livre-nomeados. E pelas informações da mídia local há uma lista de novas prisões a serem efetuadas no próximo período.

O alvo da crise neste momento é o atual prefeito Dr. Evilásio Farias, na qual se discute abertamente qual o seu envolvimento nos desvios de verbas e impostos arrecadados, já que todos os presos até o momento fazem parte do núcleo que hoje governa a cidade.

É difícil imaginar que o prefeito Evilásio Farias não sabia da existência de uma quadrilha (formada por pessoas de sua mais absoluta confiança) que a 7 anos desviava dinheiro público, isso tudo sem seu total conhecimento.

A atual administração governa junto com donos de imobiliárias a serviço de empreiteiros que atuam na cidade. Não é por acaso que esse foi o setor que mais lucrou com o recálculo da planta genérica do município que elevou o IPTU em muitos casos em mais de 1000%. E não é por acaso que boa parte dos presos até o momento tem envolvimento com o mercado imobiliário da cidade.

Evilásio Farias não cumpriu o que determina o Plano Diretor do município, aprovado por unanimidade pela Câmara que reserva 50% das ZEIS 1  (Zona Especial de Interesse Social), aprovado com grande participação popular,  para as famílias com renda de 1 a 3 salários mínimos, o que demonstra sua aptidão para os grandes projetos imobiliários e seu descaso com a população de baixa renda.

No dia 11 de maio, às famílias do Acampamento Che Guevara (ocupação organizada pelo MTST) foram despejadas do terreno em que estavam há quase um ano. Ocorre que 5 dias após o despejo, o mesmo está cercado e segundo informações foi vendido para uma grande empreiteira. Esse terreno está apontado no Plano Diretor como área de interesse social, e para que se construa qualquer outro empreendimento seria necessário mudanças no Plano Diretor, que por obrigação teriam que ser aprovadas pela Câmara Municipal, o que nós não iremos aceitar.

No próximo dia 21 de junho, às 15:30 da terça-feira, o Movimento de Luta Contra a Corrupção em Taboão da Serra está chamando um grande ato em frente à prefeitura. O MTST participará ativamente deste ato e levantará suas bandeiras e reivindicações.

Da Redação

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  1. A TERRA NÃO ESQUECE

    A área do Jd.Helena da qual se fala pertencia à Paulicoop, uma cooperativa habitacional que foi a falência nos anos 90. As terras estão em litígio na justiça. Grandes dívidas de IPTU. Esqueletos de prédios que viraram covil de bandidos, traficantes e tarados.

    A Administração Municipal manteve o local em abandono. Sendo uma área central, não usou sequer o recurso de murar o terreno e cobrar do proprietário o serviço, uma vez que é pessoa conhecida, seu nome era citado até nas sessões da CMTS.

    Na época da primeira invasão, o terreno de 80 mil m2 e valor venal de dois milhões e setecentos mil reais (antes do IPTU-monstro de 2010!) era baldio, sinistro, aterrador.

    O sr.Mário de Freitas, cujo jornal ‘Hoje em Notícias’ ainda lutava para ser aceito na ‘gestão popular socialista’ (PSB / PT) recém-empossada, fez uma reportagem comovida do ‘Acampamento Chico Mendes’, lá instalado pelo MTST.

    Saíram, voltaram. Cinco anos depois, o ‘Acampamento Che Guevara’ do mesmo MTST é instalado. É tratado com frieza pela Prefeitura. Como de hábito, não conseguem falar com o prefeito. São impedidos de entrar na Câmara porque podem acampar lá (possibilidade concreta). Restam as ruas com carros da PM e GCM abrindo e fechando o cortejo, trânsito parado, população reclamando.

    Em maio último, desocupam a área pacificamente. Em cinco dias, erguem-se tapumes e se diz que o terreno foi VENDIDO para uma grande empreiteira.

    Mário, agora no cobiçado cargo de Secretário, desmente Boulos, líder do movimento, segundo o qual a área é de ‘interesse social’ (50% destinada a moradias para população TABOANENSE de baixa renda) pelo Plano Diretor, que precisa ser modificado, com aprovação da Câmara, para lá se construir prédios.

    (1) Considerando que não se sabe ainda se a Câmara vai conservar o perverso ‘acordo de vereadores’ que APROVA por unanimidade tudo o que vem do executivo; (2) considerando que o tal ‘capital[ismo] imobiliário’ e selvagem seduz tanto nossas autoridades a ponto de ultrapassarem os limites da lei e irem presos; (3) considerando que se criou um precedente (perigoso, na minha opinião) quando a Câmara aprovou com o voto a favor de apenas DOIS vereadores matéria (contas de ex-prefeito) que exigia maioria absoluta (NOVE vereadores), ignorando que, (a) se não há tempo para as votações normais de um projeto (neste caso, havia mas não quiseram esperar), (b) a votação precisa ser ‘fechada’ de imediato (sem discussão e em silêncio, como de praxe), e mais, (c) não considerando que três vereadores ausentes estavam PRESOS (portanto o quorum que permitiu a abertura sessão não era pleno gerando a impossibilidade de decisões soberanas do plenário) e, ainda, (d) que é permitida a ‘construção ACIMA do permitido pelos coeficientes de cada zona, mediante a OUTORGA ONEROSA do direito de construir (a Construtora paga e fica liberada, é assim que tanto prédio está brotando da terra em TS);

    Prepare seus ouvidos para a chegada dos bate-estacas, da motosserra, dos guindastes, dos tratores e das betoneiras de um novo (e monumental) empreendimento imobiliário, ali mesmo na sua esquina, como acontece aqui mesmo na minha, a VERTICALIZAÇÃO ANUNCIADA de nossa cidade.

    José Sudaia Filho
    http://blogdosudaia.blogger.com.br

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