Por Allan dos Reis, na região do Pirajuçara
No primeiro dia de greve, um grupo de servidores da educação de Taboão da Serra protestou na manhã desta terça-feira (2) na Praça Luiz Gonzaga enquanto o prefeito Fernando Fernandes (PSDB), o governador Geraldo Alckmin e outras autoridades inauguravam o Restaurante Bom Prato.

Participaram do ato, especialmente, ADIs (Assistentes de Desenvolvimento Infantil), ADEs (Assistentes de Desenvolvimento Educacional) e Auxiliares de Classes. Eles carregavam cartazes pedindo reajuste salarial e vale transporte. Enquanto alguns políticos discursavam, o grupo gritava palavras de ordens.
A manifestação irritou Fernandes, que conversou muito com o secretário de educação João Medeiros a respeito do tema. No final do evento, durante entrevista aos jornalistas, o prefeito comentou sobre o ato.
“A educação está trabalhando. Os professores estão em sala de aula. Acho que eles têm direito a se manifestar, mas não reconheço a greve. Inclusive o STF já se posicionou e não aceita mais esse tipo de greve. Só aceita greve quando o funcionário não recebe salário. Só nessas condições. E eles recebem os salários deles em dia. Acho que eles estão sofrendo pressão externa. Acho que escolheram um momento inadequado. Um momento de festa. Um momento que a gente recebe o governador. Totalmente inadequado”, diz Fernandes.
Ele também afirma que não vai negociar de forma isolada com nenhuma categoria para discutir reajuste salarial. “Não sou eu que negocio com eles. A minha negociação é com todo funcionalismo. O dia que for dar aumento, não vai ser para uma categoria. Vou dar aumento para todos. E só não dei aumento até agora porque eu tenho responsabilidade. A nossa Prefeitura não atrasa um dia o pagamento, paga todos os seus encargos corretamente. Eu prezo por isso. Não adianta eu querer dar uma de bacana e dar aumento e não conseguir pagar salário. Não faço isso”, completou o prefeito.
O grupo que está em greve é ligado ao Siproem (Sindicato dos Professores das Escolas Públicas Municipais). Ao longo de todo dia, esses servidores rodaram pelas unidades de ensino para conseguir a adesão de mais profissionais ligados a educação. Nesta quarta (3), eles se reúnem em frente ao Parque das Hortênsias para nova assembleia, que vai discutir o andamento da greve ou não.