Por Allan dos Reis, no Jardim Helena
Sempre que começa a campanha eleitoral, os jingles (a maioria chatos) dos políticos tomam as ruas da cidade. Porém, numa reunião na tarde desta quarta-feira (24) no Fórum de Taboão da Serra com a Juíza eleitoral Carolina Conti Reed, os representantes de partidos políticos fecharam um acordo: apenas dois carros de som podem ser utilizados para acompanhar as caminhadas dos candidatos a prefeito e vice.
Um dos grandes empecilhos que culminou para o acordo é que a lei eleitoral proíbe que carros de som circulem a menos de 200 metros de escolas, hospitais, postos de saúde, Prefeitura, Câmara, Fórum e outros órgãos públicos. Com apenas 20 km², são poucos locais em Taboão que poderiam circular sem desrespeitar a Resolução nº 23.457 de 15 de Dezembro de 2015, que disciplinou a propaganda eleitoral nas eleições que ocorrem no dia 2 de outubro deste ano.
Dos representantes dos partidos presentes, apenas o Psol não aceitou a proposta, que foi ratificada por todas as coligações. Com isso, a Juíza garante que os veículos com jingles – exceto os dois dos majoritários – serão recolhidos pela Justiça Eleitoral. O acordo vai constar em ata e deve ser assinado por todos.
PROPAGANDA ELEITORAL
Além da discussão sobre a proibição dos carros de som, o encontro serviu para que a Juíza esclarecesse sobre outros tipos de propaganda eleitoral. Ela pediu “bom senso” aos candidatos. Em imóveis, a propaganda permitida deve ter o tamanho máximo de meio metro quadrado. Em veículos, além dos adesivos perfurados microperfurados no para-brisa traseiro, são permitidos adesivos nas laterais com dimensão máxima de cinquenta centímetros por quarenta centímetros.
Uma novidade que os eleitores precisam ficar atentos é que nem ele – e muito menos o candidato – podem pagar para impulsionar uma propaganda em sites e nas redes sociais.
RIGOR!
“A prestação de contas será muito rigorosa esse ano. Já estou dando o alerta”, avisou a Juíza eleitoral. Ela adiantou que serão feitos cruzamentos de informações com órgãos estatais como a Receita Federal, Jucesp, Bancos entre outros. O mesmo rigor – acredita – será para políticos que acusados de abuso do poder econômico.