O Parque das Hortênsias surgiu em Taboão da Serra no final da década de 70 como parque urbano e foi se transformando em zoológico. Hoje, é um dos pontos turísticos mais visitado no município. Aves, macacos, leões e tigres são algumas das atrações do parque. Outra atração muito visitada é o museu que exibe diversos animais empalhados, além do esqueleto do primeiro leão do zôo. Durante a semana, as escolas municipais organizam excursões para conhecer o parque. Nos finais de semana são as famílias que visitam o local.
Porém, um requerimento apresentado há cerca de 10 dias pelo vereador Cido (DEM) abriu uma ferida entre os vereadores e a administração do parque. Segundo o documento do vereador, com mais de 30 páginas, em sua maioria fotos, o parque precisa de “uma reforma completa” urgente devido ao seu “mau estado de conservação”.
Nesta terça-feira, dia 13, foi a vez dos vereadores Carlos Andrade (PV) e Olívio Nóbrega (PR) criticarem a gestão do parque. Ambos pedem o afastamento do diretor do parque. “É mau gerenciamento e falta de capacidade a quem está na frente do parque”, acusa Andrade.
Nóbrega prometeu entregar nesta semana, ao prefeito Dr. Evilásio (PSB), o relatório da comissão especial criada, em junho, para avaliar o Parque das Hortênsias. “Realmente o Ricardo (Andrade) está deixando a desejar”, critica Olívio.
OUTRO LADO: “Eu dependo de outras secretarias para executar o serviço”
O Diretor do Parque, Ricardo Andrade, não quis responder diretamente às críticas feita pelos vereadores. Ele preferiu destacar as benfeitorias que o parque recebeu desde que foi nomeado, em 2005.
“Criamos o museu, fizemos a sexagem dos animais, asfaltamos algumas ruas, uniformizados os funcionários, compramos rádio comunicador para os funcionários e até carrinhos para pessoas com baixa mobilidade se locomoverem pelo parque”, diz Andrade.
Ele reconhece que a estrutura do parque “está ruim”. Bancos em mau estado de conservação, playground enferrujado e sem pintura, ruas asfaltadas pela metade, jaulas desativadas e calçadas quebradas são alguns dos problemas do parque. “Eu não tenho equipe de manutenção e dependo de outras secretarias para executar o serviço”, lamenta Andrade.
Além disso, o parque não tem banheiros adaptados para deficientes físicos e não dispõe de fraldário.
Andrade ressalta que o parque só melhorou e diz que aceita qualquer tipo de comparação entre o estado do parque hoje e no início de 2005. “Nunca ninguém se preocupou com o parque. Por que ninguém se levantou até 2005”, questiona e encerra.
Por Allan dos Reis