Por Allan dos Reis, no Parque Assunção
O prefeito Fernando Fernandes reuniu em seu gabinete na hora do almoço desta segunda-feira, dia 14, os vereadores que compõe a sua base aliada para uma reunião com os diretores da SPDM, organização social liga a Escola Paulista de Medicina que é responsável pela gestão dos prontos socorros do município. O encontro serviu para esclarecer as denúncias veiculadas recentemente pelo jornal Hoje em Notícias e que foi republicada no final de semana pelo tablóide Reaja Taboão.

Na edição nº 215, o veículo afirma que a “SPDM [está] envolvida em denúncias de crimes contra a economia” e apontou uma série de possíveis irregularidades cometidas pela OS na administração de outras unidades de saúde e diz que o Hospital Geral do Pirajussara (HGP), do Governo do Estado localizado na divisa entre Embu e Taboão, pode ter um rombo de R$ 14 milhões em suas contas.
Ao lado de vários secretários municipais e dos diretores da SPDM, Fernandes não poupou críticas ao editor do jornal, Mário de Freitas, que foi secretário de comunicação na gestão do ex-prefeito Evilásio Farias.
“A pessoa responsável pela matéria é o jornalista Mário de Freitas que viveu aqui na prefeitura e nunca fez uma denúncia e nunca falou mal. E agora nós trazemos uma entidade ligada a Escola Paulista de Medicina, que é uma das instituições de ponta do Brasil e que é reconhecida mundialmente, ele vem querer fazer críticas infundadas pegando notícias de outros jornais e dando a interpretação que lhe convém para fazer as acusações”, atacou Fernandes.
Ele completa que “em Taboão da Serra o próprio texto [do jornal] diz que não tem nada [de irregular]. Eles pegam coisas supostamente ocorridas em outros municípios e querem trazer essas notícias para Taboão”, rebateu.

Em seguida, o superintendente dos hospitais da SPDM, Nacime Salomão Mansur, reforçou as críticas ao jornalista dizendo que “são calunias e dados desatualizados” e que a SPDM atua de forma regular em todos os locais e não há nenhuma punição dos órgãos de fiscalização. Ele também negou que haja déficit de R$ 14 milhões nas contas do HGP.
“Estou com o balanço de 2013 do Pirajussara já com parecer de auditoria externa aprovado mostrando que a demonstração contábil corresponde fielmente ao que foi auditado e o Pirajussara tem mais de R$ 6 milhões em caixa”, garante Nacime.
Os vereadores governistas garantem que a reunião com o prefeito e os diretores da organização social foi esclarecedora e que não há qualquer dúvida em relação à lisura do contrato firmado.
A SPDM firmou contrato após licitação [modelo concurso de projetos] com a administração municipal no valor de R$ 323 milhões para gerir por cinco anos os Pronto Socorro Infantil, Pronto Socorro e Maternidade da Antena e a Unidade de Pronto Atendimento Akira Tada. O valor é correspondente a custeio e investimento.
OUTRO LADO
Procurado pela reportagem, o jornalista Mário de Freitas informou que “ainda não” encontrou qualquer irregularidade no contrato entre a prefeitura de Taboão da Serra e a SPDM. Questionado se o déficit de quase R$ 14 milhões consta nos anos seguintes (2011 e 2012), Freitas afirma que “é possível [que] sim. Pelo simples fato da SPDM não informar os balanços dos anos seguintes. Estou pedindo esses números há mais de quinze dias. Eles simplesmente se calam. Por quê?”, questiona.
