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PTN oficializa apoio a Wagner Eckstein e pede atenção à saúde

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Por Adilson Oliveira, no Jardim Maria Rosa, em Taboão da Serra

O Partido Trabalhista Nacional (PTN) de Taboão da Serra declarou na terça-feira, dia 5, na Câmara, apoio à pré-candidatura a prefeito de Wagner Eckstein, mas pediu que o petista tenha como principal compromisso melhorar a saúde da cidade, caso eleito. “Espero que como prefeito dê prioridade à área”, disse o pastor Gilberto Lopes. “A saúde é muito precária, perdi meu pai e a esposa em corredor de pronto-socorro”, relatou Marcos Torres, também da Executiva municipal.

Wagner sugeriu que vai usar os recursos com critério por atendimento de qualidade. “É injustificável uma cidade que arrecadou no ano passado R$ 453 milhões ainda se queixar por falta de médicos e remédios”, disse. Do partido aliado ao governo Evilásio Farias (PSB) nos últimos sete anos, porém, ele se disse “constrangido”. Wagner tinha servidores que indicou em cargos na saúde – foram exonerados pelo prefeito no dia 29 após o PT conseguir o apoio do PC do B.

O presidente do PTN, Carlos Alberto Raci, ao anunciar o apoio, disse que as realizações na cidade foram investimentos do governo federal, “que hoje é PT”, e que o pré-candidato representa o anseio popular, pelo passado limpo e transparência na política. Raci disse que a aliança não é em troca de dinheiro para o partido ou loteamento de secretarias, mas foi hesitante – teria sido demovido de falar sobre a questão. Admitiu, porém, que “eles vão me ajudar”.

“O nosso compromisso é a política, é saúde, educação, baixar IPTU, implantar bilhete único [no transporte]”, afirmou o secretário de finanças do PT estadual, Irineu Casemiro, para desfazer dúvida de que a aliança não seria em cima de propostas. O líder petista de Taboão citou um ponto polêmico. Vereador, Wagner votou a favor da revisão da planta genérica de valores que gerou forte aumento do IPTU, em média de 100%, que causa desgaste entre governistas.

Raci, do PTN, e o pré-candidato Wagner, do PT (centro), Claunir, do PC do B (esq.), e Macário, do PT, selam a aliança (Foto: Adilson Oliveira/Taboão em Foco)

“Vamos pedir o voto de cabeça erguida, sem medo de que lembrem o que disse ou fez”, disse Claunir Rodrigues, do PC do B, que prestigiou a nova adesão à coligação. Em valorização do apoio e para demonstrar confiança, petistas e o comunista se esforçaram em refutar que o PTN é nanico, mas Irineu se referiu ao recém-aliado como “partido pequeno” que encoraja outros a se somarem ao grupo. “Estamos avançando nas conversas com outros partidos”, disse Irineu.

O presidente, por sua vez, justificou que o PTN tem história, em resgate da trajetória do partido que expôs outra contradição. Raci disse que Armando Andrade foi prefeito de Taboão pelo PTN e que as obras devem ser creditadas à sigla. Em 2009, o político e as realizações não foram poupados por Irineu, que tachou Andrade de “tirano” e classificou o Cemur de espaço ultrapassado. O petista ficou calado diante da citação ao adversário político.

Raci contou que o PTN tomou a decisão de apoiar Wagner dois meses atrás, “após dois telefonemas a Irineu”, e que não traiu a pré-candidatura de Aprígio (PSB), com quem membros do partido posaram para foto em abril. “O pastor Ronaldo era o presidente e levou Aprígio para a reunião que marquei. Impuseram, mas não declaramos apoio ao Aprígio, já estávamos com o PT”, declarou. De acordo com o presidente, o PTN conta com oito pré-candidatos a vereador.

Wagner disse que o apoio do PTN é muito importante e se disse otimista. “O que me anima é que a sociedade de Taboão terá a oportunidade única na história de renovar a classe política, que já é antiga, está no poder há décadas. Representamos o novo, a transformação social que vive o país e que queremos para Taboão”, declarou. Ex-coordenador da pré-candidatura de Aprígio, Eduardo Rijo – exonerado na leva de petistas – também manifestou apoio a Wagner.

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