Por Álvaro Diogo, do Coletivo Ideia Nossa*
Não é de hoje que os moradores do entorno da Avenida Eliseu de Almeida cobram uma ciclovia da prefeitura paulistana. Incluída no Plano Regional Estratégico do Butantã em 2004, na gestão da prefeita Marta Suplicy (PT), com previsão de entrega para o ano de 2006, as obras nunca foram iniciadas.
Elas beneficiariam todos os bairros ao redor da avenida e ainda o município de Taboão da Serra, onde atenderia a demanda de aproximadamente 600 ciclistas por dia, segundo Relatório de Contagem da Ong Ciclocidade [VER AQUI]. Este número ainda tende a aumentar a cada ano e há expectativas de crescimento ainda maior caso a estrutura cicloviária for executada.
Em agosto de 2010 cicloativistas foram protestar e cobrar a ciclovia mais uma vez. Esse evento ainda foi prolongado para discutir a ciclovia de Taboão da Serra, que você pode conferir a cobertura do Taboão em Foco [VER AQUI]. A cicloativista Renata Falzoni relata como foi esse dia e ainda apresenta de maneira bem clara o histórico da luta por espaço e respeito aos ciclistas em SP neste vídeo abaixo:
A cicloterra da Eliseu de Almeida from Renata Falzoni on Vimeo.
No Dia Mundial Sem Carro de 2012, houve uma mobilização da Ong Ciclocidade que promoveu o Café da Manhã do Ciclista [VER AQUI]. O evento foi seguido de uma pedalada organizada por moradores da região para cobrar a ciclovia aos gritos de “menos carros, mais bicicletas” e “Ei, [prefeito Gilberto] Kassab, cadê minha ciclovia?”. As fotos do dia podem ser conferidas na página do Coletivo Ideia Nossa no Facebook.
Mesmo com tempo nublado cerca de 200 pessoas compareceram ao evento, onde puderam conversar com o subprefeito do Butantã e cobrar uma posição sobre o andamento do projeto e previsão de execução das obras. Mas parece que mais uma vez a prefeitura deixou o projeto de lado e outra gestão se encerra sem a execução das mesmas.
Dia primeiro de dezembro houve outra manifestação, com um número menor de manifestantes, mas com grande alcance através de faixas, cartazes e adesivos utilizados pelos participantes. Se em2010 a“cicloterra” foi inaugurada, dessa vez a “ciclograma” foi pintada com cal no canteiro central da avenida.

Só em 2012 dois ciclistas que utilizavam a bicicleta para ir ao trabalho foram mortos na região. Lauro Neri na Avenida Pirajussara (continuação da Av. Eliseu de Almeida) e Nemésio Trindade na Avenida Francisco Morato (paralela a Av. Eliseu de Almeida).
Para evitar que mais mortes aconteçam e para que a região atenda de maneira segura e eficaz a demanda crescente de ciclistas está circulando um abaixo-assinado e haverá outra manifestação dia 23 de fevereiro, às 11h.
Você pode contribuir com essa proposta assinando a PETIÇÃO PÚBLICA. Clique Aqui
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