Por Samara Matos, na redação
Nesta segunda-feira (21), após diversas tentativas das autoridades mundiais em evitar um confronto armado entre Rússia e Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin anunciou uma operação militar na região de Donbas, leste ucraniano que abriga as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, reconhecidas por ele como independentes.
Putin declarou que o objetivo da missão especial é desmilitarizar a Ucrânia, mas não ocupá-la. O presidente russo afirma que haverá derramamento de sangue, a menos que as forças ucranianas entreguem suas armas.
As primeiras explosões foram relatadas por volta das 5 horas da manhã desta quinta-feira (24) e imediatamente provocaram reações nos Estados Unidos e aliados que ameaçaram decretar sanções extremas em resposta aos ataques russos.
Qual é o problema de Putin com a Ucrânia?
A Rússia há muito resiste ao movimento da Ucrânia de aproximação das instituições europeias, tanto a Otan quanto a União Europeia. Agora, Putin afirmou que a Ucrânia é uma marionete do Ocidente e nunca foi um Estado adequado.
Ele exige garantias de que a Ucrânia não se juntará à Otan, uma aliança militar de 30 países, e para que a Ucrânia se desmilitarize e se torne um Estado neutro.
Como ex-república soviética, a Ucrânia tem profundos laços sociais e culturais com a Rússia, e o idioma russo é amplamente falado lá, mas desde que a Rússia invadiu a Crimeia e Sevastopol em 2014 essas relações se desgastaram.
A Rússia atacou a Ucrânia quando seu presidente pró-Rússia foi deposto no início de 2014. Desde então, a guerra no leste já custou mais de 14 mil vidas.