Da redação do Taboão em Foco, com informações da Agência Brasil
Com 55 votos a favor e 22 contra, o Senado Federal aceitou a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) após sessão de mais de 20h e termino apenas na madrugada desta quinta-feira (12). O vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume interinamente até a conclusão do julgamento que pode durar até 180 dias.
A partir da notificação do seu afastamento, que deve ocorrer na manhã de hoje, o processo volta a Comissão Especial do Impeachment, que vai iniciar o trabalho de coletas de provas e ouvindo testemunhas de acusação e defesa.
Dilma foi afastada do cargo acusada de cometer crime de responsabilidade ao editar decretos com créditos suplementares sem autorização do congresso nacional, na chamadas “pedaladas fiscais”. O outro ponto a ser apurado é o fato de o governo não ter repassado aos bancos públicos, dentro do prazo previsto, os recursos referentes ao pagamento de programas sociais, com a cobrança de juros por parte das instituições financeiras, caracteriza uma operação de crédito.
Um novo parecer será elaborado pela comissão dentro de 10 dias e o resultado – a favor ou contra – será novamente votado no plenário. Os trabalhos desta nova comissão devem iniciar na próxima semana.
Na votação final do julgamento do impeachment no Senado, que será presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, são necessários dois terços dos votos dos senadores presentes. Se não houver ausências, são necessários 54 votos a favor dos 81 possíveis. Se não atingir o quorum qualificado, Dilma reassume o cargo de presidente.