Por Allan dos Reis, no Jardim Maria Rosa
Um projeto de lei apresentado pelo petista Professor Moreira, que concede título de cidadão taboanense ao ex-ministro da saúde, Alexandre Padilha, e pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PT, gerou desconforto e dividiu os 11 vereadores que apóiam o governo Fernando Fernandes (PSDB). Mas o fato é que no dia 17 de abril de 2012, o ministro já havia sido agraciado com a honraria a pedido do ex-vereador Macário (PT).

O petista Moreira chegou a colher oito assinaturas (são necessárias nove) para tramitar em regime de urgência na Câmara, o projeto (repetido) não entrou em votação. Um pedido de vistas por cinco dias foi aprovado e barrou outros dois projetos que estavam em pauta. Um deles inclusive concedendo o mesmo título a um religioso do município.

E apesar da gafe, uma reunião do secretário de governo Cândido Ribeiro com apenas com seis dos 11 vereadores que apóiam o prefeito irritou o restante dos governistas. Alguns deles brincavam que agora existe os parlamentares de primeira e segunda classe.
“Nós temos o corpo com vários membros e cada um tem a sua importância. E temos que valorizar cada membro”, disse Marcos Paulo (Pros) que abusou de metáforas e textos bíblicos. Mas o entendimento das reuniões sem toda a base é que “existe tratamento de governo e governabilidade”, completou e reclamou da demora da prefeitura para executar algumas solicitações simples, como instalação de lixeiras.
O presidente da Câmara, Eduardo Nóbrega (PR), também se aproveitando das metáforas, diz que está na hora do prefeito cortar ‘alguns membros’ porque é possível viver sem alguns deles [vereadores]. Para ele, alguns parlamentares são governistas apenas nos temas mais fáceis e não mantém a coerência nos assuntos mais complicados.
Os governistas de ‘primeira classe’ também se desgastaram sem necessidade para impedir que o pré-candidato do PT ao Governo do Estado recebesse uma homenagem no município administrado por tucanos.