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“Xadrez político” marca a sessão desta terça em Taboão

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Por Gilmar Júnior, no Jardim Helena

A 26ª sessão ordinária não teve projetos de lei votados, mas o jogo político bem como suas estratégias indicou o tom que os trabalhos teriam do começo da manhã até o início da tarde desta terça-feira (8).  Entre os “duelos” que permearam o discursos, o embate entre oposição e situação na parte inicial da sessão e o impasse entre vereadores da base foram dois dos principais momentos do Legislativo durante o dia.

Fachada da Câmara Municipal de Taboão da Serra. (Cynthia Gonçalves / CMTS)
Fachada da Câmara Municipal de Taboão da Serra. (Cynthia Gonçalves / CMTS)

Com exatamente meia hora de atraso, os trabalhos foram abertos na manhã (tarde e noite) chuvosa de Taboão da Serra.  Na primeira parte da sessão, a que trás a tona a discussão entre os requerimentos e indicações, um fato curioso chamou a atenção. O vereador Luiz Lune (PC do B) pediu vistas dos próprios requerimentos. Primeiro, do requerimento que diz respeito ao pedido, junto ao Executivo, do número de óbitos ocorridos na UPA e na Maternidade e Pronto Socorro da Antena, desde dezembro de 2013.

O segundo requerimento, o que gerou maior discussão, foi o requerimento que pedia informações sobre folha de pagamento de todos os funcionários de livre nomeação e efetivos (com salários, funções, nomes e sobrenomes), com o intuito, segundo consta o texto, de fiscalizar eventuais práticas de nepotismo.

Questionado sobre o fato, Lune explicou que o a ação é uma estratégia política. “É um requerimento de muita sensibilidade (falando do requerimento da Saúde). Acho que vai ter um clima melhor. Ou quando houver um momento de mais apelo. Não adianta vir aqui e votar por que vai dar 10 a 3. Então vamos segurar”, explicou. O vereador Professor Moreira (PT) subiu a tribuna e, apesar de querer que a votação fosse realizada, apoiou o vereador de oposição.

Xeque

Ao revelar sua tática, a base governista se articulou para tentar revogar o pedido de vistas e, realmente, conseguiu. “Aqui na Câmara, em primeiro lugar, tem que ter inteligência. Em segundo lugar, tem que conhecer o regimento e em terceiro lugar, tem que saber usar. E como o vereador Luiz Lune trabalha com as vísceras ele pensou que o momento das vistas já tinha passado. Perdeu Luizão. Tomou uma caneta, um chapéu”, discursou o líder do Governo na Câmara, o vereador Eduardo Nóbrega(PR).

Reviravolta e xeque-mate

Porém, o xadrez político que permeou a sessão deu uma reviravolta e a oposição utilizou do artifício de discussão do requerimento, o que permitiu que o vereador Moreira tivesse 10 minutos para falar sobre o assunto o que, praticamente, esgotou o tempo do expediente, fazendo que não fosse possível realizar a votação nesta data. E assim, a oposição “venceu” a breve partida de xadrez política.

Marcos Paulo explica suposto “fogo amigo” com André Egydio

E como é de praxe, ao fim de cada sessão, uma polêmica encerrou os trabalhos no início da tarde. O vereador Marcos Paulo (PROS) subiu a tribuna para falar de um suposto envolvimento do nome do vereador, também da base governista, André Egydio (PSDB) acerca da autoria dos equipamentos públicos no jardim Clementino. Indagado, o vereador comentou com a imprensa que sabe atacar e se defender.

“Eu estou batendo a dois anos sobre as unidades (Unidade Básica de Saúde) no Clementino, tanto é que eu até compus um acordo com o prefeito Fernando Fernandes (PSDB) e a deputada Marta Costa também vai mandar uma academia ao ar livre lá. Morei no bairro. Agora o que não pode, é que o único equipamento que a gente está trabalhando politicamente em cima, é que outros vereadores da base quererem cortar isso. Se for isso, é o que eu falei. Sei ser atacado e sei atacar também.  Aí vou falar que sou o ‘dono’ do Poupatempo, que sou o ‘dono’ do (Parque) Inocoop. E se pegar, pegou também. Fogo amigo?”, comentou.

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