Por Allan dos Reis, da redação
As obras de canalização do último trecho do córrego Poá, na região central de Taboão da Serra, foram retomadas nesta quarta-feira (22) após a empresa Etama ter retirado as máquinas e os funcionários na manhã de segunda (21) alegando falta de pagamento por parte da Prefeitura de Taboão da Serra.
Um vídeo postado nas redes sociais mostra o engenheiro da empresa reclamando da Prefeitura e anunciando a paralisação da obra. Mais tarde, procurado pela reportagem do site, a Etama disse que só a Prefeitura falaria sobre o problema.

“A Prefeitura tem que aprovar o projeto novo na Caixa. Nós tivemos uma reunião na semana passada e a diretoria da empresa conversou na Prefeitura e eles estão atrasados com a aprovação do projeto novo. Pedimos uma reunião e a Prefeitura simplesmente não está fazendo nada. A medição da gente não foi para lá até lá. Nós não temos condições de bancar a obra. Tudo que combinamos com a Prefeitura ela não está fazendo. […] Por isso estamos parando a obra agora”, disse.
Em seguida, moradores foram até a secretaria de obras conversarem com o responsável. Segundo o fotógrafo Renato Riso, que participou do encontro, os servidores José Damasceno e Aguinaldo, informaram que estavam surpresos com a paralisação das obras.
“Eles alegam que foram pegos de surpresas e que ficaram de levantar os motivos e notificar e intimar a empresa”, diz Riso. Na manhã de hoje, novo encontro entre moradores e a Prefeitura, que culminou na volta da obras.
PREFEITURA E EMPRESA SE CALAM
O site Taboão em Foco procurou na segunda (20) a empresa, que disse que as informações deviam ser dadas pela Prefeitura. Por email, a reportagem questionou o poder público sobre os motivos da paralisação, o valor da dívida, entre outras questões, mas a assessoria de imprensa não respondeu a nenhum dos questionamentos.
SOLUÇÃO DAS ENCHENTES
A obra é vista pelos moradores como a solução das enchentes costumeiras do local. Em março deste ano, um temporal arrasou casas e lojas da região e deixou uma pessoa morta, que acabou arrastado pela enchente. Na época, o prefeito Fernando Fernandes (PSDB) chegou a decretar Estado de Emergência.