Por Allan dos Reis, no Parque Assunção
Na manhã desta quarta-feira (19), integrantes de movimentos de moradia de Taboão da Serra estiveram na sede da Prefeitura Municipal para protocolar uma ‘carta aberta’ com propostas de melhorias na área da habitação. O grupo também se reuniu com o secretário de obras Rogério Balzano para tentar agilizar o processo de liberação para início da construção de 500 apartamentos no Jardim Salete, através do Projeto Santa Terezinha 3, que serão financiados através do programa Minha Casa Minha Vida.
A presidente da Associação Família Feliz, Lucélia Santos, explicou que os integrantes do movimento estavam no local para pedir agilidade na análise da documentação do Projeto Santa Terezinha 3 e que a carta pública também estava sendo entregues em outras dezenas de Prefeituras por movimentos ligados a União dos Movimentos de Moradia de São Paulo. A outra associação do projeto é o Bem Viver.
“A gente está a nove meses buscando vários tipos de documentações. A gente vem sempre e sempre dão novas datas e nunca fica pronto. Viemos protocolar esse documento de moradia digna já. Ele [prefeito] não tem plano de ação nenhum e não deu nenhuma casa. Ele precisa se unir ao movimento”, pediu Lucélia.
A reunião com o governo municipal foi marcada por intermédio do vereador Professor Moreira (PSD). Com a ausência do prefeito Fernando Fernandes (PSDB), coube ao secretário de governo Cândido Ribeiro receber inicialmente o grupo e protocolar o documento.
“Com esse projeto de moradia, só a economia aos cofres da Prefeitura é em torno de um milhão de reais por ano porque tem famílias deste projeto que recebem o Bolsa Aluguel. E também vamos tirar 500 famílias da situação de risco”, diz Moreira.
Já o secretário Rogério Balzano e técnicos da pasta explicaram que a demora é decorrência da falta de um laudo sobre contaminação do terreno, que é de responsabilidade das associações de moradias e ainda não ficou pronto. Outro problema é que houve uma alteração no projeto original juntado a Prefeitura.
Apesar disto, ficou acordado que algumas certidões municipais serão solicitadas e emitidas de forma provisória para que o processo tenha andamento em outros órgãos públicos. “Vou pedir uma nova reunião na Cetesb e vamos solicitar um alvará provisório [para poder dar início a construção]”, diz Moreira.