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Em resposta a vereadores, prefeito diz que Prefeitura não tem condições de dar dissídio a servidores

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Por Allan dos Reis, no Jardim Helena

Em resposta ao requerimento dos vereadores aprovado em maio solicitando estudos sobre a viabilidade de concessão de vale-transportes e dissídio aos servidores municipais, o prefeito Fernando Fernandes (PSDB) repetiu o que vem dizendo há tempos: a Prefeitura não tem condições financeiras.

Servidores vão embora após ouvir discursos dos vereadores de Taboão em apoio a decisão do prefeito de não conceder dissídio.
Servidores vão embora após ouvir discursos dos vereadores de Taboão em apoio a decisão do prefeito de não conceder dissídio.

Mesmo sem apresentar o estudo solicitado no requerimento, coube aos vereadores subirem a tribuna e repetirem – na presença de um grupo de servidores em greve – o discurso de austeridade do mandatário.

Após a presidente Joice Silva (PTB) ler o ofício, o líder do governo Eduardo Nóbrega (PSDB), que já havia alertar – mesmo assinando posteriormente e votando a favor do requerimento – cobrou que os parlamentares fossem a tribuna falar sobre o tema.

“A partir desta resposta, cada um poderá se posicionar. Se alguém tem uma solução para apresentar que vá ao encontro do pleito do funcionalismo, que dê agora. […] A crise que aí está impossibilita a concessão de aumento”, diz Nóbrega.

Eduardo Nóbrega cobrou que vereadores também fossem a tribuna para falar sobre a resposta negativa do prefeito aos servidores.
Eduardo Nóbrega cobrou que vereadores também fossem a tribuna para falar sobre a resposta negativa do prefeito aos servidores.

Daí em diante foram justificativas que pouco agradou os servidores. Após reler o ofício, Cido (DEM) diz que a “resposta não é a mais doce possível” e que é “solidário” e entende “as dificuldades dos servidores”.

André Egydio (PSDB) reforçou que os vereadores estão preocupados com o funcionalismo, “mas pedimos um estudo e não aumento” no requerimento. Marcos Paulo (PPS) repetiu os discursos do prefeito e questionou. “O que é mais justo fazer, dar um aumento e não pagar?”.

Único parlamentar da oposição, Professor Moreira (PSD) diz que mesmo com a negativa, “no mínimo [o prefeito] abriria negociação, nem que seja para dizer não”

A vereadora Érica Franquini (PSDB) expôs a insatisfação relacionada ao requerimento, que na época marcou – de fato – a primeira ação do chamado grupo de vereadores G9.

“Esse requerimento deveria ter sido discutido e não ter exposto os servidores. Todas às segundas a gente se reúne com o prefeito. E a gente já sabia a resposta, que não iria dar”, criticou.

Presidente Joice Silva diz que Prefeitura provou não ter condições de conceder aumentar a despesa com pessoal.
Presidente Joice Silva diz que Prefeitura provou não ter condições de conceder aumentar a despesa com pessoal.

Em entrevista após o término da sessão, a presidente Joice comentou a resposta do executivo.

“O requerimento foi feito para mostrar a situação e ter argumento para mostrar aos servidores. Uma coisa é você dizer, não dá. A outra é você mostrar e dizer que não pode [dar aumento] por causa disto. Foi discutido amplamente com o prefeito [Fernando Fernandes] que chamou os 12 vereadores, junto com o secretário de finanças e o secretário de recursos humanos, e foi amplamente discutido. Nesse momento que a arrecadação está caindo, ele mostrou que de uma forma responsável não dá para aplicar o dissídio e nem o vale-transportes”, afirma.

Durante a sessão, os parlamentares também votaram a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2018. O projeto precisa de nova votação, que será feita na semana que vem.

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