Por Allan dos Reis, no Jardim Helena
O vereador Eduardo Nóbrega (PR), líder do governo Fernando Fernandes (PSDB) na Câmara, atacou uma das principais bandeiras da atual administração, que é a gestão da SPDM [organização social] nos prontos socorros (UPA Akira Tada, Antena e Infantil) de Taboão da Serra.
Sem entrar em muitos detalhes, Nóbrega afirma que começa a “entender ou a duvidar da SPDM e se for obrigado vou me somar às críticas da oposição”, disse. Ele promete emitir uma série de críticas a SPDM na próxima audiência pública da saúde, a ser realizada no final deste mês. Ele também ironizou os vereadores da oposição que reclamam, mas se omitem nas oportunidades que tem para criticar os gestores da saúde.
As reclamações na saúde partiram da moradora Giselda Martins Dantas, que – emocionada – denunciou na ‘tribuna popular’ a falta de remédios na UBS Silvio Sampaio, que é administrado pela Prefeitura. “Quando eu vou lá pegar remédio, não tem. Estou com muita dor. Espero que vocês da comissão da saúde se manifestem”, protestou.
Filiado ao PC do B, Claunir Lins Rodrigues, criticou a saúde do município e atacou os vereadores governistas. “Eu vejo aqui dez vereadores votarem contra o requerimento do vereador do PC do B, Luiz Lune, onde pede o número de mortes. Ele quer para mandar flores para as famílias? Não. Ele quer para ajudar para que não ocorram mais mortes aqui na cidade”, discursou.
A presidente da comissão de saúde, Joice Silva (PTB), seguiu a linha do líder do governo e atacou a ausência dos críticos nas audiências. “A saúde está sendo reconstruída. Nem se colocasse 100% do orçamento [do município] na saúde resolveria. Vir aqui no dia da audiência ninguém quer. É muito fácil tacar pedras, mas tem que vir aqui questionar pessoalmente [a secretária de saúde e a SPDM]”, reclamou. Fato, que, aliás, os parlamentares governistas e oposicionistas não fazem nas audiências.
Já o munícipe Admilson Marques da Silva apresentou algumas críticas, mas centralizou seu discurso com elogios ao SAMU “que tem feito um trabalho sensacional”.
As críticas a gestão da SPDM à frente da saúde de Taboão da Serra acontece praticamente desde o início do contrato, assinado em abril de 2013 e válido por cinco anos. No ano seguinte, prefeito, vereadores e a SPDM deram entrevista coletiva para rechaçar possíveis irregularidades no contrato de R$ 323 milhões.
Nenhum projeto de lei foi apresentado pelos vereadores para votação durante a sessão, que teve a presença de integrantes de movimentos sociais, que pediam isenção do IPTU.