Lune atua para PC do B voltar para Aprígio e rejeita ‘atitude tacanha’ de Evilásio

Por Adilson Oliveira, no Pirajuçara, Taboão da Serra

Principal liderança do PC do B de Taboão da Serra, Luiz Lune está empenhado para que o partido volte a apoiar o pré-candidato a prefeito Aprígio (PSB). “Estamos conversando. Vamos ter uma reunião amanhã [na noite de hoje], e discutir”, disse ao Taboão em Foco, evitando falar sobre a questão e criar expectativa favorável antes do encontro. “Vamos ver o que acontece.” Na sexta-feira dia 25, a Executiva deliberou pelo apoio ao prefeiturável petista Wagner Eckstein.

Após ver o candidato do partido sofrer uma derrota política, o prefeito Evilásio Farias exonerou na terça-feira, dia 29, cerca de 60 servidores livre-nomeados, quase todos ligados ao PT, mas nenhum ao PC do B. A reportagem apurou que a não exoneração dos comunistas no governo – cerca de 30 – foi um pedido de Lune. “Até o presente momento, estou empregada”, contou ao TF ontem uma funcionária indicada pelo ex-secretário de Esportes e que trabalha na pasta.

Para Lune, o prefeito busca atrair o PC do B de novo para Aprígio e não demitiu nenhum membro do partido “por que ele tem esperança de êxito”, despistou. Nesta sexta-feira, Evilásio e o presidente Antonio Gomes, o Toninho, almoçaram juntos, no primeiro encontro desde quando os dois tiveram uma ríspida discussão. “Questionar uma conjuntura que não está dando certo [grupo não coeso] é uma coisa, vir com ofensa pessoal é outra”, disse o comunista em entrevista ao TF.

Evilásio conversaria sobre a situação de Toninho, que também segue no cargo – na Secretaria de Governo –, mas era grande a expectativa por conversa pela retomada da aliança. Toninho, em entrevista na terça, disse que o PC do B pode voltar a aderir ao nome do PSB. Lune tem dúvida. “Criou uma certa rusga lá, não dá para eu falar que sim”, afirmou. O presidente já reafirmou que a sigla segue no apoio a PT, que, segundo ele, ofereceu R$ 200 mil e três secretarias. A cúpula petista nega.

A decisão custou os cargos dos petistas ligados a Eckstein e à vice-prefeita Márcia Regina, principais alvos da “truculência da caneta”, nas palavras da petista, em término da “lua-de-mel” entre Evilásio e Márcia. Lune também atacou as exonerações contra aliados do governo. “Foi uma atitude tacanha. Por que ele não mandou embora os [livre-nomeados] do Olívio [Nóbrega] e do Paulo Félix [vereadores], que já sabe que vão ficar com [apoiar] Fernando [Fernandes]”, disse. Lune é o “sonho”  de Aprígio para ser vice.