Por Allan dos Reis, no Centro de Embu das Artes
Reeleito com 80.541 (65,85%) votos, o prefeito de Embu das Artes, Chico Brito (PT), deu uma entrevista coletiva à imprensa regional na manhã desta quarta-feira, dia 10, em seu gabinete, ao lado do vice-prefeito Nataniel Carvalho, o Natinha (PDT). Na pauta, a sua vitória nas urnas, o crescimento do PT nas eleições de 2012, a importância de manter o consórcio regional (Conisud) integrado e a sua participação na eleição da nova mesa diretora da Câmara Municipal.
“O nosso projeto tem o reconhecimento da população de Embu”, comemorou Brito. Ele acrescentou que “não existe acomodação no PT porque temos plano de governo. E o nosso plano de governo tem muito mais ousadia”, afirmou.
Questionado se pretende disputar as eleições de 2014, se candidatando a deputado estadual ou federal, Chico afirmou que “vai concluir o mandato até o fim de 2016” e disse que até mesmo a sucessão municipal não vai ser debatida antes de 2016, ano do pleito.
Sobre o fenômeno Ney Santos (PSC), vereador eleito com mais de 8 mil votos, Brito preferiu não fazer comentários, mas deixou claro que ele terá pouco espaço na Câmara. “Eu não vou comentar a eleição de um vereador. De 15 [vagas na Câmara] elegemos 13. E vamos fazer toda mesa diretora”, declara. Na próxima semana, o prefeito deve ter um encontro com os vereadores da base eleitos.
Um dos grandes articuladores do Conisud, consórcio que reúne as cidades da região, Brito não economizou críticas ao atual prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (PSD). “O prefeito de São Paulo não tem o direito de fazer uma grande obra sem consultar os prefeitos da região metropolitana”, afirmou. Ele citou o caso da restrição da circulação de caminhões na capital.
Apesar de o PT comandar apenas uma das oito prefeituras que compõem o bloco, o petista acredita que a nova eleição não “alterou a correlação de forças” e disse que vai conversar com os eleitos para que consigam soluções para problemas como trânsito, saúde e segurança pública. Uma das primeiras metas é a construção de uma central de laboratórios já que, segundo ele, o Governo do Estado “não vai mais ajudar a pagar os exames de laboratórios”.
Sobre a derrota do PT em Taboão da Serra, o prefeito reeleito disse que os “companheiros” precisam fazer uma avaliação do resultado das urnas e não descartou acolher alguns políticos do município, mas deixou claro que não tem “compromissos com ninguém” a respeito desse tema.