Contrários a reorganização, alunos ocupam a Escola Domingos Mignoni no Centro de Taboão

Por Allan dos Reis, no Centro

A Escola Estadual Domingos Mignoni em Taboão da Serra foi ocupada na tarde desta segunda-feira (23) por alunos contrários a proposta de reorganização escolar do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Com o portão fechado, as aulas do período noturno foram canceladas e o mesmo deve ocorrer com as outras turmas nesta terça (24).

Com o portão fechado, alunos avisam colegas do noturno que a escola foi ocupada e que não teria aula.
Com o portão fechado, alunos avisam colegas do noturno que a escola foi ocupada e que não teria aula.

Caso a reorganização seja efetivada, a escola terá apenas alunos do Ensino Fundamental – Anos Finais com alunos do 6º ao 9º ano, excluindo o ensino médio e o EJA [Ensino de Jovens e Adultos].

“Vamos ocupar e ficaremos na escola até o Alckmin retirar essa idéia [da reorganização]. Dentro da escola tem somente alunos, sem a presença de professores. O nosso ensino médio ira para o Wandick [de Freitas]”, reclama Daniele Soares, aluna do último ano do ensino médio, que participa da ocupação.

Daniele Soares e Aaron Cargnin participam da ocupação em Taboão da Serra.
Daniele Soares e Aaron Cargnin participam da ocupação em Taboão da Serra.

Outro estudante que participa do ato é o adolescente Aaron Cargnin, do segundo ano do médio. Ele afirma que seus pais apóiam a sua postura. “Eles me apóiam, mas avisei meus pais que era uma decisão minha”.

Apesar de ainda estar no primeiro dia, a reportagem do Taboão em Foco flagrou algumas pessoas perguntando aos alunos o que eles estavam necessitando. “Vocês estão precisando de comida pronta ou frutas”, questionou uma senhora. “De tudo”, responderam os alunos.

Aluna do EJA, Elizabeth Ohara, diz que toda sua classe apóia a ocupação. “Eu apóio porque o governo está fazendo algo ridículo. Toda nossa classe também”, diz.

O movimento de ocupação das escolas estaduais atingiu também instituições de ensinos na capital paulista e Embu das Artes. O Governo do Estado de São Paulo entrou na Justiça com pedidos de reintegração, mas teve seus pedidos negados.

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