O Waldemar Gonçalves, o nosso grande plantador de árvores, gostava da frase de Tom Jobim segundo a qual o Brasil é o único país do mundo que tem nome de árvore, portanto tem de proteger a natureza.
O Waldemar se dizia, orgulhoso, um caipira. Não desses matutos ignorantes e remendados, caricaturas inventadas por uma sociedade de modernismos prepotentes.
Ele era um caipira da época em que essa gente fazia e fazia bem, as tarefas necessárias para construir uma cidade. Graças ao amor desses homens pela terra, pela natureza, pela devoção, pela viola e pela sanfona, pelo cigarrinho de palha, pela franqueza desassombrada e pela solidariedade generosa, hoje temos um Taboão pra viver.
Ficaria feliz, se ainda entre nós estivesse, em ver tanto ipê florido nas fotos do nosso universo virtual. E talvez lembrasse, patrióta que era, que o ipê amarelo é a árvore-símbolo do Brasil.
E eu, pedindo licença pra roubar mais uns segundos do tempo do leitor, filosofo que, apesar de tudo, a primavera chegou e isso, por si só, pode ser uma dádiva da natureza para nós, peregrinos exaustos desses tempos obscuros.
0 comentário em “Começa a Primavera”
O Waldemar Gonçalves, o nosso grande plantador de árvores, gostava da frase de Tom Jobim segundo a qual o Brasil é o único país do mundo que tem nome de árvore, portanto tem de proteger a natureza.
O Waldemar se dizia, orgulhoso, um caipira. Não desses matutos ignorantes e remendados, caricaturas inventadas por uma sociedade de modernismos prepotentes.
Ele era um caipira da época em que essa gente fazia e fazia bem, as tarefas necessárias para construir uma cidade. Graças ao amor desses homens pela terra, pela natureza, pela devoção, pela viola e pela sanfona, pelo cigarrinho de palha, pela franqueza desassombrada e pela solidariedade generosa, hoje temos um Taboão pra viver.
Ficaria feliz, se ainda entre nós estivesse, em ver tanto ipê florido nas fotos do nosso universo virtual. E talvez lembrasse, patrióta que era, que o ipê amarelo é a árvore-símbolo do Brasil.
E eu, pedindo licença pra roubar mais uns segundos do tempo do leitor, filosofo que, apesar de tudo, a primavera chegou e isso, por si só, pode ser uma dádiva da natureza para nós, peregrinos exaustos desses tempos obscuros.
Sudaia