Por Allan dos Reis, na redação
Apesar do pedido de cancelamento da eleição para o Conselho Tutelar de Taboão da Serra ter sido anunciado pela comissão eleitoral durante reunião na última quinta-feira, dia 31 de outubro, a decisão vai depender do aval da Promotoria de Justiça e do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes), que vão se reunir na próxima quinta (7).
Em conversa por telefone com o Taboão em Foco, o presidente da comissão eleitoral Márcio Alves disse que os motivos para o cancelamento foram entregues em documento a Promotoria de Justiça. Apesar de ter anunciado o cancelamento, ele reconhece que a decisão precisa ser ratificada pelo CMDCA.
Ao site O Taboanense, a promotora Dra. Maria Júlia Kaial Cury diz que a decisão de anular a eleição será nula, caso as denúncias não sejam comprovadas.
“Quero saber quais foram os motivos, que de fato, levaram a anulação. A gente não pode esquecer que mais de 5 mil eleitores compareceram, uma eleição de fato muito difícil. Foi uma eleição demorada, uma eleição que não é obrigatória. Uma eleição que deve ser respeitada a vontade do eleitor […] Então os motivos para anular uma eleição devem ser provados e comprovados, não adianta você me trazer uma denúncia vaga […] Cadê a prova?”, frisou a promotora.
Desde a eleição, ocorrida no primeiro domingo de outubro, uma série de denúncias foi feita, especialmente do apoio de políticos e agremiações religiosas aos candidatos. Dos eleitos aos suplentes.
Houve problemas no número de votos e – por decisão da Justiça – uma nova apuração foi realizada. Apesar disto, os eleitos continuaram sendo os mesmos.