Por Allan dos Reis, no Jardim Helena
O clima de ‘paz’ entre os vereadores de Taboão da Serra voltou após o vereador Luiz Lune (PC do B) pedir desculpas na tribuna ao vereador Eduardo Lopes (PSDB). O pedido na verdade fez parte de um acordo costurado após 10h de reunião para que o processo de cassação contra o comunista sequer fosse aberto.
A primeira parte do acordo começou a ser cumprida durante a oitiva da CPI da Cooperativa realizada na quinta-feira passada (30 de junho) com o pedido de desculpas.

“Que o senhor tenha me perdoado pela colocação e quero dizer, que se houver algum fato que não seja verdadeiro, tenho certeza que o senhor estará processando ao jornal que terá que provar o que foi dito, assim como deveria ter sido provado por este [vereador]. Eu peço que o senhor reconsidere e retire da Câmara o pedido de abertura de quebra de decoro”, disse Lune.
Porém, o argumento de que teria sido influenciado por um jornal que circula na cidade mostra que as “desculpas” são apenas protocolares já que – na acusação – Lune citou até uma suposta reunião que teriam tido em uma padaria da cidade.
Coube a Lopes, então, aceitar as ‘falsas desculpas’. “Ele deixou claro que subiu na tribuna e fez acusações seríssima de que eu teria extorquido o investigado neste processo (CPI) que é o senhor Aprígio. Diante de todos ele reconhece que foi induzido pelo jornal Hoje, que não tem prova nenhum deste episódio. Pede perdão literalmente. Entendi que a postura dele foi muito honrosa”, desculpou o vereador.
A outra parte do acordo entre os vereadores foi ‘rasgar’ os dois pedidos de informações protocolados na Câmara Municipal. O primeiro, de Lune, pedia informações a respeito de todos os contratos firmados, relação de todas as licitações, relação de todas cartas convites firmadas, relação de servidores públicos que tem cargos de livre nomeados a partir de 2013, tendo como foco a gestão de Eduardo Nóbrega (PSDB), que fez pedido semelhante a respeito da gestão do Cido (DEM).
Apesar do clima eleitoral começar a tomar conta das sessões, a promessa feita entre os parlamentares é que as acusações deste nível não serão repetidas em tribuna.