Por Allan dos Reis, no Jardim Maria Rosa
O ex-vereador, e candidato a prefeito nas eleições de 2012, José Aprígio, presidente do PSB, convocou uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, dia 30, para criticar a gestão do atual prefeito Fernando Fernandes (PSDB). O principal foco das críticas foi à área da saúde. Essa é a primeira vez que o ex-candidato critica publicamente o atual gestor.
“Quero falar sobre a saúde que tem hoje em Taboão da Serra. Estou indignado com as mortes nos hospitais. Na minha opinião está faltando gestão”, bradou Aprígio. Em seguida, começou a pontuar os defeitos na condução da saúde no município. Também criticou a terceirização, hoje sobre responsabilidade da SPDM, ligada a Escola Paulista de Medicina.
“Duas administrações [Evilásio Farias e Fernando Fernandes] que foram eleitos médicos e as duas não resolveram. Por isso na saúde dou nota zero [ao atual prefeito]. Lá atrás foi ruim a saúde, mas está ficando pior”, criticou.
Mesmo sem provas, Aprígio sugeriu irregularidades no contrato entre a Prefeitura e a SPMD. Um dos problemas estaria na quantidade de médicos que, ele afirma ter em contrato mais de 300, e ouviu de vereador governista em tribuna que trabalham apenas cerca de 120. Ele afirmou também que um dos motivos dos supostos erros médicos seria pelo excesso de trabalho desses profissionais.
A solução, segundo ele, é muito simples. Basta acabar com a terceirização da saúde e pagar melhor os médicos.
Sem tanta contundência, ele também criticou a passividade dos vereadores que “vão fazer outros trabalhos e acabam esquecendo deste tema”. Quando questionado a respeito da gestão do ex-prefeito Evilásio, a quem apoiou durante oito anos, preferiu se esquivar. “Não aceito avaliar a gestão Evilásio porque já passou há muito tempo. Mas todas as obras que vejo são da gestão dele”, completou. Sobre a sua esposa Luzia Aprígio (PSB) ter apoiado o atual prefeito no início do mandato, ele disse que “ela vota o que é bom para cidade”.
Foram exatos 60 minutos de conversa e neste tempo não citou uma única vez o nome do prefeito Fernando Fernandes para “não fazer propaganda”. Questionado se não estava antecipando a campanha eleitoral de 2016, Aprígio diz que ficou “dois anos calado esperando por dias melhores. Infelizmente não temos alternativas”, completou.
