Por Allan dos Reis, no Jardim Helena
A nova oitiva da CPI o processo de desdobro da Avenida Vida Nova era aguardada com muita expectativa nesta quarta-feira (8) porque haviam sido convocados o presidente da cooperativa Aprígio e a ex-secretária de habitação Angela Amaral. Porém, com a falta dos dois, a noite ficou marcada por uma denúncia do vereador Luiz Lune (PC do B) contra o presidente da comissão, Eduardo Lopes (PSDB).
“O senhor [Eduardo Lopes] tentou… em conversas com esse vereador e outros vereadores, o senhor tentou extorquir esse [Aprígio] que hoje está sendo aqui execrado pelos senhores politicamente. Eu tenho provas. O senhor quer que eu repita o que falou lá na Padaria La Ville [na região central] naquela mesa embaixo de uma televisão? O senhor não tem moral para presidir essa CEI (CPI) escandalosa, política, demagoga”, denunciou Lune em tribuna.

Essa não foi à primeira vez que o vereador insinua contra o presidente da comissão. Há dois meses, fez a mesma acusação – utilizando outros termos – mas se desculpou uma semana depois com a ameaça de abertura de um pedido de cassação por quebra de decoro.
O constrangimento tomou conta dos integrantes da mesa, e o presidente respondeu. “Na próxima sessão, esse vereador vai estar protocolando um pedido de cassação contra o vereador [Luiz Lune] por calúnia e quebra de decoro parlamentar. Agora cabe a vossa excelência provar as acusações”, prometeu Lopes.
Assim que terminou a oitiva, o presidente da CPI saiu rapidamente sem conversar com a imprensa, que solicitou uma entrevista para falar da acusação e de temas ligados a entrevista coletiva de Aprígio, que informou duas horas antes que não reconhecia como legítima essa comissão.