Por Geovanna Matos, na redação
Cerca de 100 funcionários da saúde de Embu das Artes denunciaram demissões em massa sem justificativa aparente e sem previsão para o recebimento das verbas rescisórias. Entre os demitidos estão enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, nutricionistas e recepcionistas, todos contratados pelo Instituto Riograndense de Desenvolvimento Social Integrado, empresa terceirizada que administra os serviços de saúde no município desde setembro de 2023.
Os trabalhadores relatam atrasos salariais recorrentes e condições de trabalho precárias. Apesar de diversas queixas sobre a baixa qualidade do serviço prestado e das reclamações da população, o contrato entre a prefeitura e o Instituto foi renovado três vezes em apenas um ano.
Indignados, os funcionários demitidos se organizaram em um plantão na porta do Pronto-Socorro Central, exigindo respostas. Enquanto isso, o Instituto Riograndense transfere a responsabilidade para o sindicato da categoria, que, por sua vez, aponta a prefeitura como responsável pela situação.
Procurado, o prefeito Ney Santos negou envolvimento direto nas demissões. “Quem demitiu não foi a prefeitura, quem está demitindo é uma empresa terceirizada, contratada pela prefeitura. A prerrogativa de contratação e demissão é deles”, afirmou. Ele ainda justificou que “as pessoas estão sendo demitidas a partir de um relatório de má produção”.
Até o momento, a empresa terceirizada responsável pela administração do hospital não se pronunciou oficialmente sobre as demissões ou sobre os pagamentos pendentes. Enquanto isso, a situação continua gerando protestos e incertezas no município.