Direto da redação, com informações da SSP
O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu na sexta-feira (14) três mulheres acusadas de participar do “Tribunal do Crime”, que terminou com a morte de Murilo Aparecido Belo (31 anos) em janeiro deste ano. Entre as presas, está sua ex-mulher, com quem ele tem um filho.
O rapaz foi executado com um tiro na cabeça próximo a represa do Guarapiranga, zona sul de São Paulo. Na época, dois vídeos foram divulgados pelos criminosos, onde ele ‘admitia’ ter abusado sexualmente do filho. Porém, a Polícia descobriu que ele foi embriagado e sofreu torturas física e psicológica para admitir esse crime. Uma perícia também mostrou que a criança não havia sofrido qualquer tipo de violência sexual.
Além da ex-mulher, outras duas foram presas acusadas de participação no crime. A Polícia acusa outras seis pessoas de participação no crime. Todos já foram identificados.
O DHPP chegou até a autoria do crime após apreenderam o celular da ex- companheira da vítima, de 21 anos, e verificaram uma conversa dela com a mãe, de 63, e uma amiga, de 34, na qual falavam sobre a morte do instrutor.
“As três teriam encomendado a morte dele, entrando em contato com criminosos que têm ligação com o tribunal do crime e alegando que a vítima teria molestado o filho, de quatro anos, fato este que não ocorreu, haja vista que a criança foi submetida a exames e nada foi constatado”, explicou Jacobucci. “Apurou-se que a razão principal deste brutal crime seria pagamento de pensão alimentícia“, completou.
O autor do disparo, que executou a vítima, já está preso por outro crime (roubo). Outros três homens prestaram depoimentos no DHPP e mais dois são procurados.