Por Allan dos Reis, no Jardim Clementino
Durante a inauguração de mais uma unidade básica de saúde na manhã de domingo (10), o prefeito Fernando Fernandes (PSDB) não poupou críticas aos seus opositores a quem classificou como “covardes” e “inescrupulosos” após a confusão ocorrida na semana passada no Pronto Socorro Infantil (PSI), que culminou com o registro de um boletim de ocorrência contra o vereador Professor Moreira (PSD) e o pré-candidato a prefeito Aprígio (PSD), que visitaram o local.
“Temos enfrentado uma oposição inescrupulosa nesta Câmara. Uma oposição covarde, que chega a ponto de ir incitar a população no Pronto Socorro Infantil. Isso é uma atitude covarde. Quem joga o povo e quer fazer política numa hora difícil, com criança, é covarde, covarde”, desabafou Fernandes.

Em seguida prosseguiu nas suas críticas aos opositores. “Estou fazendo um desabafo. A nossa população não pode mais ser mais enganada. Os dois grupos [do ex-prefeito Evilásio Farias e do ex-vereador Aprígio] que estão na oposição governaram Taboão por 8 anos. […] Na hora da eleição querem vir fazer política. Essa política ruim, do mal. Eles andam com camiseta “Eu sou do bem”, mas tem que andar com camiseta “Eu sou do mal”. O bem está reunido aqui e demonstramos o bem com atitudes e ações concretas”, completou Fernandes.
Já durante a entrevista coletiva, o prefeito Fernando Fernandes disse que “tem um arsenal” de informações para atacar os seus opositores. Prova disto, é que nas duas últimas sessões os vereadores governistas aprovaram um requerimento que ataca o ex-prefeito Evilásio e na última abriram uma CPI contra o Aprígio.
“Eu tenho um farto arsenal para atacar a oposição. E não com mentiras. Com verdades concretas e que muitas delas foram julgadas em tribunais. Eu não usei isso em todo esse tempo. Não é do meu feitio politizar essas questões judiciais. [Na] campanha temos que discutir propostas”, completou Fernandes, ressaltando que para governar Taboão é preciso ter currículo.
“O prefeito não vai me amedrontar”, se defende Moreira
Um dos criticados pelo prefeito Fernando Fernandes, o vereador Professor Moreira – que também é pivô da confusão no Pronto Socorro Infantil – se defendeu. Na ocasião, o parlamentar disse que havia falta de médicos e que o atendimento estava demorado.

“A população está precisando de apoio. Ninguém vai ao PSI porque está bem. Vai porque está mal. Ele deveria me agradecer por estar indo lá. Fico muito triste quando o prefeito, que poderia ter pegado todos os vereadores, e ter ido ao PSI constatar se o vereador estava brincando ou falando a verdade. Isso ele não fez. Perdeu quatro horas do tempo precioso de prefeito [registrando o boletim de ocorrência]. Em meia-hora lá teria colocado ordem”, disse Moreira.
Sobre a presença do pré-candidato a prefeito Aprígio, o vereador afirma que “estava acompanhado de um cidadão que gera três mil empregos no município” e que vai continuar fiscalizando as unidades de saúde.
“O prefeito não vai me amedrontar. Não vai calar essa voz. Senão vou me sentir ameaçado pelas palavras dele. E qualquer coisa que acontecer comigo, vou falar que o prefeito mandou. Se não puder trabalhar nesta cidade, não poder fiscalizar, é porque o prefeito não quer que eu vá. Fico muito preocupado com a fala do prefeito que disse que a oposição é covarde”, encerrou Moreira.