Por Allan dos Reis, na região central
Os principais políticos de Taboão da Serra que votam na Escola Estadual Domingos Mignoni deixaram para votar no final da tarde e acabaram se encontrando durante a votação. O primeiro a chegar foi o candidato Aprígio com a esposa e vereadora Luzia. Minutos depois chegou o prefeito Fernando com a esposa e candidata Analice. E por fim, o ex-prefeito Evilásio Farias com a esposa Rosiane.
Nos corredores, Evilásio encontrou Fernando e se cumprimentaram. “Está magrão, bonito”, elogiou o atual prefeito, que havia votado. Eles trocaram mais algumas cordialidades e se despediram. “A nossa relação sempre foi cordial. Tanto eu quanto ele. Política é feita desta forma. Tem que ter cordialidade, embora você seja adversário político”, completou Fernandes durante a entrevista.
Adversários políticos nos últimos anos, Evilásio preferiu não fazer qualquer avaliação da atual administração. “Eu não faço avaliação. A melhor é a do povo [no dia da votação]. Fazer avaliação quem é correligionário ou adversário [político] é suspeito. E eu não tenho vivido muito o dia a dia de Taboão da Serra. [Só] Há dois ou três meses que tenho vindo para cá diariamente”, diz.
SEM CUMPRIMENTOS
Para quem ainda tinha dúvidas da relação entre Fernando e Aprígio, adversários nas eleições de 2012 e possivelmente em 2016, pode constatar que o clima é tenso. Enquanto Fernando concedia uma entrevista, Aprígio surgiu no corredor e passou pelo prefeito sem ao menos se cumprimentarem e ficou conversando com eleitores a poucos metros do mandatário. Em seguida, foi a vez de o prefeito passar por Aprígio e não cumprimentá-lo.
Questionado por que não cumprimento o prefeito, Aprígio desabafou. “A diferença por perseguição. Eu me sinto perseguido em Taboão da Serra e acho ele [Fernando] um perseguidor e não vou cumprimentar e beijar na mão se a pessoa quer me prejudicar”, diz, mas sem citar o motivo da perseguição.
Como o prefeito já havia ido embora, a reportagem não conseguiu questioná-lo a respeito da suposta perseguição. Vale ressaltar apenas que, até poucos meses, a vereadora Luzia, esposa de Aprígio, defendia o governo Fernando na Câmara.