Por Samara Matos, na redação
O Hospital Municipal de Barueri participa de estudo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) que visa avaliar se a vacina BCG previne a infecção do novo coronavírus ou se impede o desenvolvimento das formas graves da covid-19.
A BCG é uma vacina de fácil acesso e amplamente utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), portanto, já existem protocolos de fabricação e segurança, bem como conhecimento sobre os possíveis efeitos colaterais.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina BCG protege contra a tuberculose, doença contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que afeta pulmões, ossos, rins e meninges (membranas que revestem o sistema nervoso). Mas qual a relação entre essa vacina e a Covid-19? Estudos recentes apontaram que países que não tiveram a BCG no calendário vacinal, como Itália e Estados Unidos, apresentaram maior taxa de letalidade pela Covid-19 em comparação com países que mantêm o uso da vacina, como, por exemplo, o Japão.
Para comprovar a hipótese, o objeto do estudo são os profissionais que atuam em unidades de saúde, pois existe maior possibilidade de contato com o novo coronavírus.
Como participar:
Para participar o interessado pode contatar a equipe do hospital por meio do WhatsApp (11) 99525-3434, para agendar a coleta de exames de sangue e PCR, que diagnosticam a Covid-19, ou ir diretamente no setor de pesquisa, localizado no 1º andar do Centro de Hemodiálise, entre 8h e 22h, de segunda a sexta-feira.
Após avaliação clínica e resultado dos exames, o voluntário terá que assinar um Termo de Consentimento e receberá a vacina BCG ou placebo. O participante será assistido pela equipe de pesquisa do Hospital Municipal de Barueri e contatado constantemente para o desenvolvimento do estudo.
É importante ressaltar que o estudo engloba todos os profissionais que trabalham em unidades de saúde, ou seja, além de médicos e enfermeiros, funcionários administrativos, de segurança, hotelaria, manutenção e outros setores podem participar do projeto.
Além de ajudar o desenvolvimento das pesquisas científicas do país, o voluntário terá acesso direto ao Pronto-Atendimento do HMB durante um ano, já que qualquer mudança no estado de saúde deverá ser avaliada pela equipe médica da unidade.