Por Allan dos Reis, no Jardim Maria Rosa
A mesa diretora da Câmara de Taboão da Serra quase conseguiu aprovar um projeto de lei para criar diversos cargos efetivos (via concurso público) após o petista Professor Moreira ir embora antes do término da sessão. Foram horas de discussões e sem acordo, mas com a ausência, o presidente Eduardo Nóbrega (PR) apresentou em urgência especial o projeto que acabou entrando em tramitação, mas foi barrado porque o vereador Cido (DEM), com outros parlamentares, se rebelou e o projeto foi para análise das comissões.

A sessão transcorreu com diversas paralisações e reuniões. Já estava claro para todos que não havia acordo e, se entrasse em votação, o projeto seria rejeitado. Menos de dois minutos antes, o presidente desconversou a respeito do tema.

“Havia a possibilidade de apresentar a criação de alguns cargos como vigia e porteiro, já pensando no novo prédio. […] O projeto teria que ser assinado por toda mesa diretora que nem chegou a deliberar. Eu mesmo acho que não é o momento de não se fazer nada agora. Falta pouquinho para chegar janeiro”, enrolou Nóbrega.
Foi quando, sem a presença do petista, voltou para mesa e o vereador Marco Porta (PRB) entregou o projeto que, rapidamente, entrou em regime de urgência e começaram as novas discussões.
Já em tramitação, Nóbrega foi à tribuna defender o projeto e ironizou “alguns que querem mais do que engatinhar [na política]” e disse que “ninguém vai ser contra a esse projeto encaminhado pelo órgão técnico da casa”, suscitou.
O vereador Cido, que preside a comissão de finanças, pediu 45 dias para analisar o projeto. “Não me sinto neste momento em condições de votar um projeto que não se discutiu e não se debateu”. Após mais algumas reuniões entre as lideranças, o projeto acabou indo para a comissão de Justiça e Redação.
Procurado na manhã desta quarta (4), o vereador Professor Moreira disse por telefone apenas que “havia um acordo para o projeto não entrar em votação”, resumiu.