Por Allan dos Reis, no Centro Histórico do Embu
No fim da manhã deste domingo (30), centenas de moradores de Embu das Artes foram até a porta da Prefeitura Municipal protestar contra a “Taxa do Lixo”, criada pelo prefeito Ney Santos (PRB), e que entra em vigor a partir de agosto. O valor cobrado em 2017 é de R$ 174,37 e no ano que vem, o valor previsto é de R$ 418.
Em seguida, o grupo foi em marcha até o início do Centro Histórico, lotado de turistas, e discursaram contra a taxa. Moradora do Jardim Silva, Benta Souza Dias, reclamou da cobrança.
“Eu acho isso uma falta de respeito com a gente. Se pelo menos fosse uma rua bem cuidada e bem organizada, eu não era contra pagar. Mas na situação que vivemos hoje, com tanta desordem, eu acho uma sacanagem fazer uma coisa dessas. O meu IPTU pago esse ano foi de quase mil quatrocentos e oitenta reais. Em janeiro do ano que vem será outro valor [a taxa do lixo]. Eu sou contra. Vai pesar nas outras despesas da casa.
Entre um discurso e outro, moradores e militantes políticos criticaram o prefeito. A vereadora Rosangela Santos (PT) foi a única parlamentar da Câmara a participar da manifestação e não poupou críticas ao mandatário, criador efetivo da taxa, mas que tenta se esquivar e culpar as gestões petistas.
“Essa taxa foi arbitrária. Foi feita em 1997, atualizada em 2007, mas a gestão do PT não utilizou a taxa. Ela consta no código de tributos, mas quem fez o decreto e está implantando é o governo atual. E foi de forma arbitrária para população. O decreto foi dia 7 de julho, a informação no site da Prefeitura é do dia 19 de julho e a primeira parcela é para o dia 20 de agosto. Quem não utiliza sites e redes sociais, só ficou sabendo quando o carnê chegou em suas casas. A revolta é total. O Governo simplesmente decide e joga para população pagar”, criticou.
Para tentar minimizar as críticas que passou a receber após ter criado a Taxa do Lixo, o prefeito Ney Santos reuniu vereadores governistas e servidores livres nomeados no sábado (29) para discutir estratégias para reagir a negativa junto a população embuense.