Da Redação

O Ministério Público de São Paulo reabriu as investigações da morte do ex-policial Ivan Jerônimo da Silva, que na versão oficial teria cometido suicídio no dia 8 de Março de 2012 em um estabelecimento comercial em São Paulo com um tiro no peito. Ivan era investigador-chefe da Delegacia Seccional de Taboão da Serra e foi responsável pela “Operação Cleptocracia” que nesta sexta (3) completa dois anos e culminou com a prisão de vereadores, secretários municipais e servidores acusados de fraudar os cofres públicos.
Segundo o promotor do caso, as investigações precisam ser aprofundadas para esclarecer diversos pontos obscuros relacionados a morte. “Ou houve erros primários ou então temos que aprofundar muito essas investigações para saber o que está acontecendo”, afirma José Carlos Consenzo à TV Bandeirantes.
A professora de perícia criminal, Roselle Soglio, também coloca em dúvidas a hipótese oficial de suicídio. Após analisar o inquérito policial ela afirma que pela distância do disparo o policial não teria como ele ser o autor do tiro. “Nós falamos de uma distância de sessenta ou setenta centímetros para mais. E ninguém consegue com o braço fazer esse tiro a distância”, afirma.
Ainda segundo a reportagem da BAND, não havia vestígios de pólvora nas mãos do ex-policial e apenas uma cápsula foi encontrada no local, mas Ivan foi atingido com dois tiros. O caso agora foi repassado ao Departamento de Homicídios de São Paulo que tem a missão de desvendar a misteriosa morte de Ivan.