Por Allan dos Reis, no Jardim Helena
O prefeito Fernando Fernandes (PSDB) afirma ter convidado o único vereador eleito por um partido da oposição a aderir o seu governo a partir de 2017. Eleito pelo PSD com 2.780 votos, Professor Moreira, que era filiado ao PT até o início de 2016, é crítico da atual gestão, especialmente na área da saúde.
“Acho que vamos ter um diálogo com Moreira. Espero que o Aprígio [candidato a prefeito pelo PSD] também tenha essa compreensão e que o Moreira venha fazer parte do Governo. E fazer parte do governo não significa ser ‘vaca de presépio’ porque meus vereadores não são vacas de presépios”, diz Fernandes.
Apesar de afirmar que ambos sempre tiveram uma “relação muito respeitosa”, em abril deste ano, durante inauguração da UBS do Jardim Clementino, o prefeito criticou o parlamentar, que dias antes esteve no Pronto Socorro Infantil junto com o então pré-candidato a prefeito Aprígio e após confusão no local, funcionários registraram um boletim de ocorrência no 1º DP de Taboão da Serra contra o vereador.
“Temos enfrentado uma oposição inescrupulosa nesta Câmara. Uma oposição covarde, que chega a ponto de ir incitar a população no Pronto Socorro Infantil. Isso é uma atitude covarde. Quem joga o povo e quer fazer política numa hora difícil, com criança, é covarde, covarde”, desabafou Fernandes.
Na época, Moreira também respondeu as críticas. “O prefeito não vai me amedrontar. Não vai calar essa voz. Senão vou me sentir ameaçado pelas palavras dele. E qualquer coisa que acontecer comigo, vou falar que o prefeito mandou. Se não puder trabalhar nesta cidade, não poder fiscalizar, é porque o prefeito não quer que eu vá. Fico muito preocupado com a fala do prefeito que disse que a oposição é covarde”, respondeu.
Questionado como seria a participação caso aceitasse o convite, Fernandes respondeu. “Eu acho que a gente vai avançar essa conversa com o vereador Moreira. Ele ser base, fazer parte da Prefeitura e ir discutir com a gente projetos. Ter participação no governo porque isso é legitimo. Ter cargos. Todos os governos do Brasil são de coalização. E não se constrói sem participação”, encerra.