Por Allan dos Reis, direto da redação
Quando inaugurou a AME de Taboão da Serra em maio de 2012, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) repetiu a promessa feita no altar do Santuário Santa Terezinha em outubro de 2011 e garantiu que o Metrô chegaria a Taboão da Serra em 2016. Além de não ter sequer iniciado a obra, agora a expansão deixou de ser prioridade e não há qualquer previsão para iniciar as obras.
“A linha 4 do metrô é a mais moderna e nós vamos entregar em 22 meses as estações [São Paulo-]Morumbi e Vila Sônia. E já estamos fazendo o túnel em direção a Taboão. […] Vamos contratar o projeto funcional para poder fazer a obra que são mais duas estações, Jardim Jussara e Taboão da Serra. Em 2016, a gente consegue chegar [em Taboão da Serra]”, prometeu Alckmin.
Terminado o prazo, a Secretaria de Transportes Metropolitano informou ao Taboão em Foco que a estação em Taboão da Serra não é prioridade do atual governo, que vai tentar concluir outras estações, na capital paulista. O Metrô não deu qualquer outra previsão para cumprimento da promessa.
“O Metrô prioriza a conclusão das obras de implantação e ampliação em andamento, como das linhas 15-Prata, 17-Ouro e 5 Lilás, além da segunda fase da Linha 4-Amarela, que vai até a Vila Sônia. A terceira fase desta linha, até Taboão da Serra, já tem concluídos os projetos básicos e não há previsão para o início das obras”, respondeu o Metrô em curta nota ao site.
Durante a pré-campanha das eleições municipais de 2012, o então secretário estadual de transportes metropolitanos Jurandir Fernandes, convidou os políticos de Taboão da Serra e a imprensa regional para visitar as obras da futura estação Vila Sônia. Tempos depois, veio até Taboão fazer uma apresentação e reafirmou que o município seria o primeiro município, fora da capital paulista, a ter uma estação do metrô.
“Eu diria, para não me chamarem de mentiroso, é melhor [prever para] 2017, no primeiro semestre. Acho que até dá [para ser em 2016] se a gente conseguir os contratos rápidos. Licença ambiental não vejo grandes problemas, recursos financeiros o governador [Geraldo Alckmin] já alocou. Então é uma questão de obra”, disse Fernandes no pátio da futura estação Vila Sônia em maio de 2012.
A construção da Linha 4-Amarela, a primeira feita com as Parceiras Público Privadas (PPP), chegou a ficar parada por mais de um ano devido a rescisão do contrato entre o Estado e o Consórcio Corsán-Corviam por descumprimento de cláusulas.
MAIS PROMESSAS
Sonhando em disputar as eleições presidenciais de 2018, Geraldo Alckmin vai tentar ampliar a rede metroviária até o fim do mandato (20 meses) com mais agilidade que os últimos 12 anos de gestão tucana a frente do Estado.
Para isso, ele precisa trabalhar para concluir obras já existentes nas linhas 5-lilás, 15-prata e a 4-amarela, que um dia – espera-se – chegar a Taboão da Serra. Alckmin não deve ser o governador a entregar a estação Vila Sônia, a mais próxima do município.