Por Allan dos Reis, no Jardim Helena
Foram mais de sete horas de sessão secreta para decidir se aceitam ou não o pedido de abertura de uma comissão processante contra o vereador Luiz Lune (PC do B) por quebra de decoro. Ele acusou há poucos dias o vereador Eduardo Lopes (PSDB) de tentar extorquir o ex-vereador e presidente da Cooperativa Vida Nova, José Aprígio.
No plenário, reunidos apenas os vereadores que trocaram xingamentos e tentavam chegar a um acordo e que – aparentemente – não chegaram. Coube então se reunirem na sala de reunião para comerem pizza antes de se despedirem. Curiosamente, a sessão extraordinária marcada para acontecer logo em seguida a secreta, não ocorreu.
Oficialmente, apenas o presidente da Câmara Cido (DEM) falou – e muito pouco já que deve ter nova reunião nesta quarta (29). “Foram deliberados várias questões, que você sabe que são realmente secretos. E dentro do entendimento de todos os pares [vereadores] vai ter nova reunião amanhã para que não seja dada nenhuma informação a mais”, resumiu.
Uma das resistências para o entendimento é o fato de Lopes não querer abrir mão de tentar cassar Lune, caso não comprove suas acusações. Tanto que minutos antes da sessão secreta foi novamente a tribuna e atacou o comunista.
PACTO PELO FIM DAS ACUSAÇÕES
Faltando menos de 100 dias para as eleições, alguns vereadores trabalham para tentar resgatar a credibilidade e a harmonia que – há muito tempo – acabou nas sessões legislativa, que virou palco de acusações (incluindo falas machistas e homofóbicas), que envolve até mesmo a plateia – formada basicamente por assessores de vereadores.
Até mesmo entre os atuais vereadores existe a convicção de que essa é a pior legislatura da história de Taboão da Serra. Isso porque na legislatura anterior, vereadores foram presos dentro da Câmara.
“Foi uma reunião muito importante para o poder legislativo. A gente precisava desta reunião. O parlamento sai muito fortalecido e maior”, garante Cido.