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Símbolo da luta contra a ditadura, cardeal Dom Paulo Evaristo Arns morre aos 95 anos

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Da redação do Taboão em Foco

Dom Paulo Evaristo Arns recebe a visita da presidenta Dilma em Taboão da Serra. (Foto: Divulgação)
Dom Paulo Evaristo Arns em sua residência em Taboão da Serra, local em que recebe inúmeras visita, incluindo a ex-presidenta Dilma. (Foto: Divulgação)

Morreu nesta quarta-feira (14), no Hospital Santa Catarina, em São Paulo, o cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo. Ele tinha 95 anos e morava há muitos anos na capela da casa das Irmãs Franciscana da Ação Pastoral, no Parque Monte Alegre, em Taboão da Serra, e chegou a receber, em 2012, a visita da então presidente Dilma Rousseff.

Nascido na cidade de Forquilhinha (SC), foi padre, bispo e se tornou arcebispo de São Paulo em 1970. Dom Paulo teve um papel fundamental no combate à ditadura militar no Brasil (1964-1985) quando criou a Comissão de Justiça e Paz e passou a denunciar torturas e assassinatos realizados por militares.

Em outubro de 1975 quando o jornalista Vladirmir Herzog foi morto nas celas do DOI-Codi, o arcebispo organizou um ato ecumênico na Catedral da Sé, no centro de São Paulo, que teve a presença de milhares de pessoas. Em 1989, ele foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz.

Ao longo da vida foram mais de sete décadas de sacerdócio. Com broncopneumonia, Arns foi internado no final de novembro, mas o quadro de saúde piorou ontem (14) quando foi transferido para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu. O seu velório ocorre na Catedral da Sé.

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