Por Allan dos Reis, no Centro
O município de Taboão da Serra celebrou na terça-feira (17) o “Dia Internacional Contra a Homofobia, Lesbofobia e Trasnfobia” com apresentações de danças no palco do Cemur. Logo no início foram apresentadas algumas leis de interesse da população LGBTTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).
O coordenador da Diversidade Sexual, Márcio Carneiro, explicou a importância do evento. “A gente deu um foco muito grande na parte infanto-juvenil, que são as crianças que estão fazendo todo esse trabalho, mostrando que já desde pequeno estão sendo orientados quanto ao respeito à pessoa com a identidade de gênero e pela opção sexual que a pessoa tem”, afirma.

Os dados públicos relacionados a essa população são praticamente nulos. Um dos poucos canais é através da ouvidoria geral. O coordenador também disse não ter conhecimento sobre agressões físicas.
Para a transsexual Jaqueline, que acompanhou parte do evento, é comum ver membros da comunidade LGBTTT sendo vítimas de xingamentos no município. Entre as principais dificuldades deste grupo, está na hora de conseguir um documento oficial com o Nome Social, obtido através da Justiça.
ORIENTAÇÃO NAS SECRETARIAS
O principal trabalho da Coordenadoria da Diversidade Sexual tem sido realizado dentro das secretarias da atual administração.
“A gente vem fazendo um trabalho em rede. A gente está caminhando ainda e para caminhar precisamos educar quem a gente tem dentro de casa, que foi o motivo para a gente começar a fazer o trabalho de rede nas secretarias. O respeito ao nome social, a questão do tratamento e acolhimento do indivíduo quando ele chega a uma unidade de saúde, na secretaria de desenvolvimento econômico ou da assistência social”, afirma Carneiro.
Segundo ele, a meta é conseguir criar um Conselho Municipal da Diversidade Sexual em Taboão da Serra.

PARADA GAY
Questionado sobre o fim das chamadas “Paradas Gay”, o coordenador afirma que há pouco envolvimento da sociedade civil e que seria desperdício de dinheiro.
“Ainda não é o momento porque todos os eventos que a gente faz, a gente convida a sociedade civil da população LGBT, e não vê a presença de praticamente ninguém. Como vamos construir uma parada no município. A gente vai ter um custo praticamente desnecessário. Temos que fazer um trabalho para criar o conselho e mais a frente a gente pensar em ver isso”, encerrou Márcio Carneiro.