Por Allan dos Reis, no Jardim Helena
A sessão legislativa na noite desta terça-feira, dia 10, não teve nenhum projeto de lei para apreciação. Na primeira parte da sessão, apenas a aprovação de dois requerimentos que concediam voto de louvor e voto de pesar. Porém, apesar da aparente tranqüilidade, os vereadores Eduardo Nóbrega (PR) e Cido (Dem), ex e atual presidente da Casa, trocam farpas pelo cumprimento do regimento interno.

A cada tomada de decisão do presidente Cido, o ex-presidente Nóbrega e agora líder do governo na Câmara subia a tribuna para apontar “falta de conhecimento” do regimento. Foram alguns minutos de embate até que os vereadores se reunissem na sala de reunião para acertar as indiferenças.
“No expediente [primeira parte da sessão] questionei alguns artigos do regimento interno. Porém, fizemos uma reunião e agradeço a forma como foi discutido [as supostas irregularidades]”, disse Nóbrega.
Experiente, Marco Porta (PRB) tratou de apontar as falhas do regimento aprovado em 1973, época em que o Brasil vivia uma ditadura. “Nosso regimento é muito lacônico em algumas coisas. Então tem que entrar o presidente com a sua decisão”, afirma.

VEREDAS
Um dos temas pautou a segunda parte da sessão foi à discussão e falsas ameaças dos vereadores ao Shopping Taboão, que se nega a construir a segunda alça de acesso sobre a Rodovia Régis Bittencourt, sentido Embu das Artes, como previa o projeto aprovado.
Com base nisto, a vereadora Luzia Aprígio (PSB) subiu a tribuna e provocou seus colegas eleitos. “Não é só subir aqui e ficar falando da alça do shopping e não fazer nada”. Em seguida, evitando a citar o nome do atual prefeito Fernando, disse que o mandatário aprova o funcionamento de algumas obras ‘inacabadas’, mas não libera as obras tocadas pelo seu marido e inimigo político do prefeito, José Aprígio.
A resposta – e o pano quente – veio com o vereador Porta que deixou um recado. “Se a gente for entrar nessas veredas, não vai ficar bom”, resumiu.