Por Samara Matos, na redação
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta (26) que vai manter a bandeira tarifária verde na conta de luz, sem complemento da tarifa, no mês de junho. A sinalização, que indica condições favoráveis de geração de energia, é válida para todos os consumidores à malha de transmissão de energia que cobre quase todo o território brasileiro.
Com a bandeira verde, que indica condições favoráveis de geração de energia, não cobrança extra na conta de energia. Com isso, os consumidores completam o primeiro semestre do ano sem a cobrança do adicional na conta de luz. Esse cenário permanece inalterado desde abril de 2022.
A bandeira representava uma cobrança de R$ 14,20 a mais para cada 100 quilowatt-hora consumidos.
Quando a escassez hídrica foi anunciada, em agosto do ano passado, as térmicas respondiam por 29% da energia gerada no Brasil, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS).
A Aneel considera bastante provável o acionamento da bandeira verde para todo o ano de 2023. Tal sinalização, válida para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), reflete a melhoria dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, beneficiados com o período de chuvas. O SIN é a malha de linhas de transmissão de energia elétrica que conecta as usinas aos consumidores.
Entenda as bandeiras tarifárias
A bandeira verde aparece na conta de luz quando há condições favoráveis para a geração de energia. Com isso, não há nenhum acréscimo para o consumidor na tarifa.
Já a bandeira amarela sinaliza que algumas condições que encarecem a geração de energia começaram a aparecer. Com isso, a tarifa passa a ter um acréscimo de R$ 1,874 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) que for consumido no mês.
A bandeira vermelha sinaliza uma piora nas condições de geração de energia. O patamar 1 da bandeira representa um acréscimo de R$ 3,971 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido. Já o patamar 2 representa um acréscimo de R$ 9,492 para cada 100 quilowatt-hora.
A bandeira escassez hídrica, criada no ano passado, representa uma cobrança de R$ 14,20 a mais para cada 100 quilowatt-hora consumidos.