Direto da redação
Em coletiva na última segunda-feira (5), o Governo de São Paulo anunciou que manteve a volta opcional das aulas para alunos do ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede estadual de ensino a partir de quarta-feira (7). A justificativa, mesmo ainda não existindo a vacina para prevenir o contágio por Coronavírus, é a tentativa de diminuir o impacto da evasão escolar.
“O Governo de São Paulo decidiu iniciar o retorno pelos alunos matriculados no ensino médio e na Educação de Jovens e Adultos porque são os ciclos de ensino que podem ser mais afetados pela evasão escolar, prejudicando os estudantes mais vulneráveis. A volta às aulas está condicionada, evidentemente, à autorização dos prefeitos de cada um dos 645 municípios de São Paulo”, afirmou o Governador.
Para as escolas que atendem alunos do ensino fundamental, a data prevista de retorno foi alterada para o dia 3 de novembro. Tanto o calendário de retomada presencial como a realização de atividades de reforço nas escolas municipais, estaduais e privadas dependem da autorização de cada prefeitura.
Protocolos, investimentos e números
A reabertura deve respeitar limites máximos de alunos e protocolos sanitários. Nas redes privadas e municipais, a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental podem ter até 35% dos alunos por dia em atividades presenciais. Para os anos finais dos ensinos fundamental e médio, o limite máximo é de 20%. Na rede estadual, só é permitido o atendimento de até 20% em todas as etapas.
Para a volta gradual às aulas, veja o que Estado promete disponibilizar:
50 milhões de reais por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola para aquisição de materiais de higiene e adaptação de banheiros;
12 milhões de máscaras de tecido;
300 protetores faciais de acrílico;
10.168 termômetros a laser;
10 mil totens de álcool em gel;
221 mil litros de sabonete líquido;
78 milhões de copos descartáveis
221 mil litros de sabonete líquido;
100 milhões de unidades de papel toalha.
Se depender do prefeito Fernando Fernandes, em Taboão da Serra, aula presencial, só ano que vem
A volta às aulas em Taboão da Serra devem ocorrer somente em 2021, segundo o prefeito Fernando Fernandes. O gestor taboanense confirmou que as pesquisas feitas pela Prefeitura indicaram que mais de 80% dos pais de alunos da rede municipal de ensino não desejam a volta das atividades escolares presenciais durante a Pandemia ocasionada pelo Covid-19.
Questionado se a volta está realmente descartada Fernandes foi direto. “Por enquanto, está”. O prefeito complementou dizendo que está levando em consideração as opiniões dos pais, pois, segundo conta, a secretaria municipal de ensino está realizando pesquisas via telefone e em nenhum dos levantamentos houve menos do que 80% dos pais em concordância com o adiamento da volta das aulas.
“Precisamos nos sentir seguros. Nós, os educadores, os alunos, mas principalmente, as famílias. E hoje não existe esse clima de segurança”, enfatizou. Em Taboão da Serra, a primeira movimentação preventiva na educação municipal taboanense contra o Coronavírus ocorreu em março.