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Defesa Civil terá agentes na Enel para fiscalizar plano de contingência após apagão

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Direto da redação 

O Estado de São Paulo anunciou a implementação de agentes de fiscalização nos centros de operações da Enel e outras quatro concessionárias de energia elétrica a partir desta quinta-feira, 17. A medida surge após um apagão que afetou 3,1 milhões de imóveis na região metropolitana, gerando indignação entre os moradores.

O anúncio foi feito após uma reunião de cerca de duas horas e meia no Palácio dos Bandeirantes, liderada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), com a presença do prefeito de Taboão da Serra, Aprígio (Podemos). Estiveram presentes representantes das concessionárias Enel, CPFL, EDP, Energisa e Neoenergia, além do presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Machado, e integrantes das defesas civis estadual e municipais.

Durante o encontro, as autoridades discutiram a necessidade de garantir que as empresas cumpram rigorosamente seus planos de contingência. Thiago Nunes, diretor da Agência Reguladora dos Serviços Públicos de São Paulo (Arsesp), ressaltou que a fiscalização se tornará mais eficaz após a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que exige que as concessionárias compartilhem informações em tempo real.

Com a previsão de novas chuvas e ventos de até 60 km/h entre sexta e domingo, a Defesa Civil estima que as condições climáticas podem agravar a situação. Um gabinete de crise será estabelecido para monitorar e mitigar os impactos.

Henguel Ricardo Pereira, coordenador da Defesa Civil, informou que a Enel se comprometeu a mobilizar entre 700 a 1.200 equipes de prontidão e a distribuir geradores em locais prioritários, como hospitais e estações de bombeamento. Além disso, 5,4 mil agentes da Defesa Civil estarão disponíveis em todo o estado.

As autoridades locais destacaram que, apesar dos planos de contingência, a Enel não conseguiu mobilizar suas equipes de forma eficaz durante o apagão, o que resultou em grandes prejuízos e motivou a população a buscar reparação judicial contra a empresa. A expectativa agora é que as novas medidas garantam maior transparência e eficiência na prestação dos serviços.

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