Direto da redação
Dados divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, no terceiro trimestre de 2024, a taxa de desemprego entre as mulheres foi 45,3% maior que a dos homens. Enquanto o índice geral de desemprego ficou em 6,4%, a taxa entre as mulheres alcançou 7,7%, contra 5,3% para os homens.
O estudo também destacou que a diferença entre os índices de desemprego por gênero vem diminuindo ao longo dos anos. Em 2012, essa diferença era de 69,4%, mas caiu para 27% no auge da pandemia, em 2020.
Além disso, o levantamento aponta desigualdades raciais no mercado de trabalho. A taxa de desemprego entre pessoas pretas foi de 7,6%, enquanto a de pardos ficou em 7,3%. Já entre pessoas brancas, o índice foi de apenas 5%.
O grau de instrução também influencia nas taxas de desocupação. A maior taxa foi registrada entre pessoas com ensino médio incompleto (10,8%). Entre aquelas com nível superior incompleto, o índice foi de 7,2%. Já quem possui ensino superior completo registrou a menor taxa, de apenas 3,2%.
Desigualdade salarial
Os dados da Pnad Contínua também mostram uma diferença significativa nos rendimentos. No terceiro trimestre, o salário médio dos homens foi de R$ 3.459, 28,3% maior que o das mulheres, que receberam em média R$ 2.697.
Os números reforçam a persistência das desigualdades de gênero e raça no mercado de trabalho brasileiro, apesar de avanços nos últimos ano