Por Samara Matos, na redação
Na sexta-feira (19), o site Diário do Transporte informou que o Ministério Público do Estado de São Paulo vai questionar a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes) pelas mudanças realizadas no fim de maio, que prejudicam diariamente passageiros de Taboão da Serra e de outros municípios da Grande São Paulo, que precisam se deslocar até a capital paulista.
Com a revogação de uma portaria da Prefeitura de São Paulo, ao menos 12 linhas de ônibus que ligam cidades da Grande São Paulo a capital foram extintas. “O órgão quer esclarecer os impactos dos cortes de linhas para os passageiros e quais foram os critérios utilizados”, afirma o promotor César Ricardo Martins, da Promotoria de Justiça do Consumidor.
Após as respostas, deve ser definido se o procedimento no MP correrá pela Promotoria do Consumidor ou pela Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo.O trabalho vai se somar a outros questionamentos que já existem sobre a suspensão dessas linhas.
Em 26 de maio, o Taboão em Foco mostrou que o encerramento da linha 029TRO Taboão da Serra (Jardim Monte Alegre) – São Paulo (Pinheiros) prejudicou centenas de passageiros, tendo como alternativa a linha 068 TRO Taboão da Serra (Parque Laguna) -São Paulo (Pinheiros), que apesar de ampliar o número de viagens e modificar o itinerário, ainda não atende por completo os passageiros da linha extinta.
ABAIXO-ASSINADO
Moradores do Monte Alegre criaram abaixo-assinado online [ASSINE AQUI] para tentar reverter à decisão da EMTU. Até a tarde desta segunda (22), mais de 1500 pessoas assinaram o documento.
“A linha 068 não nos contempla, está distante demandando mais gastos, especialmente num momento econômico tão delicado pelo qual atravessamos. Acrescentamos que essa linha é antiga, cinco décadas, os bairros se formaram em seu entorno, são dependentes dela, o itinerário passa por locais ermos e íngremes e a sua extinção significa que os usuários, trabalhadores e estudantes, que saem muito cedo e voltam muito tarde para suas casas estarão mais expostos às violências e dificuldades cotidianas”, afirma trecho do documento.