Direto da redação, com informações do SBT News
A Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma operação contra uma falsa lotérica que operava com jogos de azar, tanto em plataformas online quanto com máquinas de caça-níqueis presenciais, em Embu das Artes. A ação, realizada nesta terça-feira (4), cumpriu mandados de busca e apreensão no local conhecido como “LotoEmbu”, que estava explorando ilegalmente apostadores.
De acordo com a investigação, que durou dois meses, o esquema funcionava de forma camuflada. Funcionárias do estabelecimento, chamadas de “promotoras”, distribuíam bilhetes premiados com crédito de R$ 20 para que os moradores da cidade participassem das apostas. Após o ganhador receber o prêmio, era incentivado a continuar apostando nas máquinas caça-níqueis presentes no local. Segundo a polícia, muitos caíam no golpe, gastando até o salário do mês sem perceber.
A empresa foi fundada no Rio de Janeiro, mas mudou seu registro para Embu das Artes, utilizando uma falsa licença de lotérica. Durante a operação, a Polícia Civil constatou que o local não possuía qualquer tipo de documentação legal ou comprovação da origem das máquinas de apostas. A investigação revelou que os equipamentos não eram certificados e eram provavelmente contrabandeados. Em testes realizados pela equipe do delegado Pedro Buck Forli, responsável pelo caso, foi identificado que um apostador ganhava um prêmio a cada dez apostas, o que evidenciou a manipulação do jogo.
Além do local físico, a operação descobriu que a LotoEmbu mantinha também uma plataforma de apostas online, onde os jogadores podiam acessar jogos de azar e apostas esportivas, como o famoso “Jogo do Tigrinho”. Contudo, o site não possuía licenciamento regularizado e seus servidores estavam localizados no exterior, o que dificultava o rastreamento dos responsáveis pela plataforma. A operação apontou que o site, embora não autorizado pelo Governo Federal, continuava disponível para realização de apostas.
A Polícia Civil informou que os investigados podem responder por uma série de crimes, incluindo estelionato, propaganda enganosa, lavagem de dinheiro, associação criminosa e delitos contra a economia popular. Além disso, foi solicitado à Justiça a cassação da licença de funcionamento tanto do site quanto do estabelecimento físico, bem como a suspensão das atividades econômicas da empresa e seus responsáveis.