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Vereadores não cumprem liminar da Justiça e orçamento de 2023 da Prefeitura não entra em votação

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Direto da redação

Mesmo com liminar da Justiça, que obriga os vereadores de Taboão da Serra votarem o orçamento da cidade de Taboão da Serra para 2023, a sessão desta terça-feira (2) ‘terminou’ sem qualquer votação.

Alegando insegurança jurídica, o presidente eleito André Egydio (PODE) suspendeu a sessão por uma semana e espera retomar a negociação com o prefeito Aprígio (PODE).

O novo presidente leu uma carta aberta ao prefeito Aprígio e declara que espera que o recado chegue até ele. 

CARTA DO PRESIDENTE ELEITO André Egydio (PODE)

Ser eleito presidente da Câmara é a realização de um sonho que recebo com gratidão e responsabilidade. Houve pressão expulsões e demissões, eu entendo que até a eleição da mesa tudo isso era válido porque faz parte do jogo político. Mas a eleição passou, eu venci e é chegada a hora de superar essa fase, serei presidente do próximo biênio e nenhuma força contrária poderá mudar isso. estou consciente de que representa o poder legislativo e desejo estabelecer com executivo uma relação de respeito e harmonia, também é esse o desejo dos vereadores que me elegeram e estão sendo perseguidos. […] essa casa é o lugar de debates e também de composição quero dizer ao prefeito Aprígio que espero que receba essa mensagem. Não tenho intenção de fazer mal ao seu governo que ajudei a eleger, eu fiquei sozinho nessa casa por três anos defendendo o seu nome como nosso futuro prefeito, vencemos juntos a eleição somos do mesmo partido, será que não podemos trabalhar em sintonia pelo bem da cidade? de minha parte já digo que sim. Prefeito ainda não conversamos, infelizmente quem deveria fazer articulação política está ocupado a semear discórdia e conduzindo o governo a erros imprescindíveis […] as conversas que os vereadores tiveram chegaram pela metade e a gente sabe disso por causa dos resultados, nem mesmo gesto gigantesco que essa casa fez os 13 vereadores rejeitando por unanimidade as contas do ex-prefeito foi levado  não foi levado em conta. Todos aqui fizemos muito ao longo dos últimos dois anos e vossa pessoa através desse interlocutor pede um gesto para nós, mas a gente vai aprovar a nossa  peça orçamentária. Se a política fosse conduzida por um vereador líder de governo não estaríamos diante desse impasse. Política é entendimento a guerra que o secretário Mário de Freitas quer não vai trazer benefício algum pro seu governo prefeito, os vereadores todos perdem até o pai da guerra, todos aqui são vereadores e todos merecem respeito o secretário passa mais tempo repetindo que é inteligente e controlando as pessoas […] mas, como eu pretendo ser embaixador da paz deixo aqui uma reflexão que consta no Evangelho de Mateus “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus”.

CRÍTICAS

vereador Anderson Nóbrega questionou e cobrou o cumprimento da liminar da Justiça. “Gostaria que a Câmara explicasse qual será o entendimento. Por já terem cometido diversas irregularidades, a Câmara vem sofrendo ação na justiça para cumprir a lei e demais vereadores queremos um parecer da Procuradoria da casa para entender qual será a decisão […] Quem perde com isso é a população, pois Taboão é a única cidade que até agora não votou o orçamento,” diz Nóbrega.

O vereador Dr. Ronaldo Onishi, alegando insegurança jurídica reforçou a suspensão da sessão.

“Ninguém aqui quer descumprir nenhuma decisão judicial, mas, quando não há diálogo é isso que acontece, quando a política é mal conduzida vivemos isso, quando esquecem de fazer política que é conversar entre as partes divergentes para que haja um consenso, as questões precisam ser levadas às barras dos tribunais. Ao que parece não há segurança jurídica dessa seção ao ser continuada ou seja que segurança jurídica nós temos para saber se a mesa deve ser empossada ou não. E nota-se há um problema jurídico muito grande se a mesa não for empossada, quem é que vai pagar o salário dos funcionários e tocar os atos administrativos da casa” declara Onishi.

Nas redes sociais, a vereadora Joice Silva também fez críticas aos colegas. “E por falta de comprometimento, nossa cidade está sem orçamento e ficará por mais 7 dias por vontade de alguns vereadores! Cidadão cobre do seu vereador um posicionamento sobre o orçamento da nossa cidade!”, postou.

Enquanto os vereadores brigam, a cidade mais uma vez começa o ano sem orçamento definido e terá que recorrer a 1/12 avos do orçamento de 2022 para que a cidade não pare.

Com a maioria dos votos, sete, o grupo que elegeu a nova mesa diretora quer que o prefeito cancele demissões de pessoas ligadas à quatro vereadores do grupo para dar andamento à votação.

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